Clima de otimismo marca colheita gaúcha de milho

Expectativa é de que a produção ultrapasse 5 milhões de toneladas
Com preços aquecidos e expectativa de safra cheia, os produtores gaúchos iniciaram oficialmente nesta quarta-feira (06) a colheita do milho no Estado, durante cerimônia no município de Ijuí. Ao contrário do cenário atribulado que marcou a safra 2011/2012, devastada por severa estiagem, com até 40% de quebra e colheita de 3,2 milhões de toneladas, no atual período a tendência é produzir mais de 5 milhões de toneladas. "Não se trata de uma supersafra, mas de uma produção satisfatória, dentro da média histórica, graças ao clima favorável", avalia o assessor de política agrícola da Fetag, Márcio Langer.
A produtividade também deve se manter elevada, oscilando entre 4,8 mil quilos até 5 mil quilos por hectare, em algumas regiões. O presidente da comissão de grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, diz que esses índices só não são maiores em função das áreas prejudicadas pela geada registrada no final de setembro no Estado. "No entanto, a produtividade será excelente em áreas que não sofreram com as adversidades climáticas", destaca o dirigente.
Apesar de a colheita se iniciar oficialmente nesta quarta-feira, muitas áreas já vêm sendo colhidas há algumas semanas, já que o plantio do cereal se inicia em agosto. Segundo o gerente-técnico da Emater, Dulphe Pinheiro Machado Neto, mais de 20% do milho já foi colhido, e o restante encontra-se na fase final de cultura. A exceção são algumas áreas do Noroeste do Estado, onde foi plantada a safrinha, que está com um pouco de atraso. "O padrão fitossanitário, em geral, é bom, livre da ocorrência de pragas e doenças", detalha.
A expectativa inicial da Emater era de colher 5,9 milhões de toneladas, tendência que caiu por terra após a geada fora de época, seguida por dias frios e depois pela ocorrência de um período curto de estiagem. Além disso, os especialistas apontam que cerca de 10% da área cultivada ainda pode sofrer algum dano, caso a expectativa de clima livre de estiagem não se confirme. "São cerca de 100 mil hectares que ainda se encontram vulneráveis. São áreas que estão parte em floração e parte em desenvolvimento vegetativo e que tendem a ser mais sensíveis às oscilações do clima", alerta Machado. O Estado plantou nesta safra pouco mais de 1 milhão de hectares de milho.
FONTE: www.agrolink.com.br
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