quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Safra da uva em Bagé deverá ter queda de 20%
A produção de uvas plantadas no município de Bagé terá uma queda de cerca de 20% no final da colheita.

Os números acompanham a safra do estado na quantidade, porém a qualidade do produto colhido até agora apresentam excelentes condições de sanidade e desenvolvimento. O início da colheita foi antecipado em cerca de 15 dias em todo o Estado. Na primeira etapa, em janeiro, foram colhidas variedades de uvas brancas e atualmente começou a colheita das tintas. A antecipação ocorreu devido ao clima.
O presidente da Associação Bajeense dos Fruticultores, Jodolnei Trindade, salienta que a safra de Bagé é vendida para vinícolas da Serra e de Sant’Ana do Livramento, mas afirma que ainda não tem previsão da quantidade colhida por produtores no município. 
Conforme o coordenador regional da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Heraclides dos Santos, as quantidades colhidas no município serão conhecidos e divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ubravin) após 15 de março, quando termina a safra. Ele comenta que possui cerca de 10 hectares plantados e estima colher em torno de 65 mil quilos do produto quando em 2012 totalizou cerca de 80 mil quilos. “Com queda há uma sinalização de acréscimo no valor do produto”, disse.
O coordenador destaca que quando iniciaram as plantações de uva na região, a estimativa era de que com três hectares o produtor conseguiria se manter no mercado. Hoje Santos afirma que 10 hectares seriam o ideal para pagar os custos e deixar um retorno financeiro positivo para o produtor.
Para implantar um hectare segundo o coordenador, são necessários cerca de R$ 60 mil e a produção inicia após o segundo ano da plantação. “O custo de insumos e mão de obra também são altos”, disse.
O agrônomo e produtor agropecuário, Taue Bozzeto Hamm, informa que quando o produto em sua propriedade foi de 25%. Ele explica que o inverno passado não foi tão rigoroso e a chuva reduziu a qualidade das variedades tardias. “Dependemos do clima, se o tempo continuar seco até 15 de março haverá tempo de recuperar parte da safra”, disse. Ele espera que com a redução da colheita, aumente o valor do produto. 

Preço
A companhia Nacional de Abastecimento (Conab) optou por manter em R$ 0,57 por quilo estabelecendo um percentual maior de ágio na tabela utilizada para pagamento ao produtor. Para cada grau que supere a base de referência, o produtor receberá 7,5% a mais ao invés dos 5% aplicados no ano passado. O mesmo percentual vale como deságio, para a produção entregue com níveis de açúcar inferiores aos 15 graus babo na uva Isabel, utilizados como base na tabela. Para 2014 a Conab sinaliza com uma valorização ainda maior, de 10%.

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