sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Safra de Inverno - Aumento da produção e reajuste no orçamento
Com previsão de anuncio oficial no mês de março, equipe do Governo Federal intensifica o traçado das ações que integrarão o pacote de medidas objetivando beneficiar o produtor rural

O traçado de ações e benefícios oferecidos pelo Plano Safra de Inverno para este ano está em fase de elaboração pelo Governo Federal que promete, entre outras medidas, acelerar a construção de políticas que assegurem o aumento da produção e um reajuste no orçamento dos recursos destinados ao crédito para os agricultores. 
De acordo com o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no ano passado, o Governo garantiu R$ 430 milhões em recursos de crédito voltados à comercialização da safra de trigo, além de R$ 60 milhões para o pagamento das subvenções do seguro agrícola e o reajuste dos preços mínimos de todas as culturas de inverno. A promessa é que esses valores aumentem ainda mais no Plano Safra de Inverno de 2013 que deve ser anunciado no início do mês de março, conforme as previsões da presidente Dilma Rousseff.




Para o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, é importante ressaltar duas questões entre os itens apontados pela presidente Dilma Rousseff. O primeiro ponto relevante e que influência diretamente o homem do campo é o reforço financeiro destinado ao orçamento do Plano Safra de Inverno, que se consolida a cada edição. Conforme Pavan, o Rio Grande do Sul enfrenta a cada inverno um problema grave que é o abandono de grande parte das lavouras em função da baixa produtividade ou de grandes perdas que afetam a produção e abalam os produtores. Contudo, a partir do aumento no incentivo pode-se programar o suporte oferecido ao agricultores que optam entre as diversas opções de cultivo e aumentam sua rentabilidade também nesta época do ano. “A possibilidade de produzir trigo está agradando novamente os agricultores em função do preço que está melhor. A canola também é uma boa opção, principalmente para a produção de óleos que tem conquistado muito espaço no Rio Grande do Sul e existe também a opção do cultivo das forrageiras de inverno, necessárias para a bacia leiteira que também está crescendo no Estado. Por várias razões, o Plano Safra de Inverno vai se consolidando com uma força cada vez maior”, avalia.



Outro item frisado pelo secretário Ivar Pavan, é a criação de uma Agência Nacional de Assistência Técnica que ofereceria suporte aos agricultores na tomada de decisões e investimentos realizados em cada propriedade rural. “Considero este anúncio, o mais importante. O grande desafio da agricultura familiar hoje, é ter uma assistência técnica sistemática que acompanhe o produtor lá na sua propriedade para que os investimentos que ele vá fazer sejam orientados de acordo com a vocação e as características da propriedade. Essa é a nossa bandeira, universalizar a assistência técnica pública, portanto ter uma agência nacional”, reitera.
Atualmente essa assistência é realizada através de chamadas públicas. “Nós queremos que o Governo Federal tenha uma política pública permanente e um número de técnicos suficiente para acompanhar todos os agricultores do nosso Estado”, garante Pavan.
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, expressou que a expectativa é de que o anúncio a ser feito pela presidente ratifique o crescimento dos recursos destinados para o financiamento do setor agropecuário, conservando a curva ascendente que está sendo experimentada desde o Governo Lula. “Saímos de R$ 20 bilhões destinados ao crédito em 2002 para mais de R$ 120 bilhões. Também estamos confiantes de que a política de juros será contemplada, senão com a redução dos encargos financeiros, pelo menos com a manutenção dos atuais níveis, que são altamente atraentes e, por extensão, indutores do desenvolvimento”, diz.


Mainardi ressalta ainda que as expectativas tem lastro no que vem acontecendo no país nos últimos anos. “Basta recordar da criação do Plano Safra da Agricultura Familiar, com linhas específicas e diferenciadas. E, também, do Plano Safra da Agricultura Empresarial, que beneficiou o agronegócio com juros muito baixos para investimentos, a exemplo do PSI, com juros de 3%.”, expõe. Para Mainardi, com os preços agropecuários em bom nível, este é o momento de investir em tecnologia e boas práticas agrícolas em geral, como no manejo do solo (ABC) , aproveitando-se do ambiente que é muito favorável.

Todas as medidas construídas ainda deverão ser avaliadas e aprovadas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional.

FONTE: www.diariodamanha.com.br

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