Mostrando postagens com marcador trigo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trigo. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de março de 2013

Área de trigo não deverá sofrer aumento em Santo Ângelo
 
A Emater de Santo Ângelo não projeta um aumento de área de lavouras de trigo no município, em relação à safra passada que foi de 15 mil hectares.
Conforme informações prestadas ontem pelo chefe do escritório do órgão, engenheiro agrônomo Álvaro Uggeri Rodrigues, a área deverá ser a mesma cultivada em 2012. Já a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) estima em um incremento de 10% da área no território gaúcho.
“Estamos mantendo contatos com agricultores, porém esta expectativa poderá ser alterada uma vez que o preço da saca de 60 quilos da cultura no mercado está bem melhor do que anos anteriores”, alega.
Outro fator que pode influenciar no crescimento da área plantada com trigo na Capital das Missões é a perspectiva de uma boa safra de soja. O período recomendado de cultivo do cereal em 2013, conforme zoneamento agrícola do município é a partir do final de maio até segunda quinzena de junho. A colheita deverá ocorrer da segunda quinzena de outubro aos primeiros 15 dias de novembro, prevê o agrônomo.
Em 2012, em uma área de 15 mil hectares, a quebra nas lavouras de trigo foi de em torno de 25% em virtude da geada no final de setembro e chuvas excessivas em outubro. A previsão inicial era de obter uma produtividade de 40 sacas/ha. Porém, a média final ficou em 30 sacas por hectare.
Já em 2011, a Emater registrou uma produtividade recorde na história da safra de trigo em Santo Ângelo. A produtividade média final ficou em 50 sacas/ha, o que representou 25% a mais que a inicial projetada, que era de 40 sacas/ha. Naquele ano, foram plantados 13,5 mil hectares. As condições climáticas foram favoráveis durante todo ciclo da cultura.
 

domingo, 10 de março de 2013


Governo eleva preço mínimo do trigo para R$ 531 por tonelada


Governo eleva preço mínimo do trigo para R$ 531 por tonelada
 
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou o lançamento da Política Agrícola Brasileira para Triticultura e Demais Culturas de Inverno na última sexta-feira, 8 de março, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Entre as novidades, foram revistos os valores de subvenção ao prêmio do seguro rural para as culturas de inverno e dos preço mínimo para o trigo em 5,99%, passando de R$ 501 para R$ 531 por tonelada.

De acordo com Mendes Ribeiro, as iniciativas para essas culturas foram antecipadas para que os produtores se programem para o plantio. As ações foram elaboradas pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa).

O Governo Federal garantiu R$ 90 milhões para subvencionar o prêmio do seguro rural para essas culturas. O valor é aproximadamente 50% superior ao disponibilizado em 2012. Para feijão, milho 2ª safra e trigo, o percentual de subvenção é de 70%, enquanto para aveia, canola, cevada, centeio, sorgo e triticale é de 60% - para amendoim e girassol, 40%. O limite é de R$ 96 mil por produtor.

Para as culturas plantadas na safra de inverno, já foram divulgadas 59 portarias relativas ao zoneamento agrícola, todas publicadas nos meses de outubro e dezembro de 2012.

Quanto à comercialização, foram disponibilizados R$ 430 milhões para a garantia de preços mínimos por meio das modalidades de Aquisição do Governo Federal (AGF) e pelos leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

- Houve elevação dos preços mínimos para as diferentes classes e tipos de trigo. Tivemos aumento do preço do triticale em 5,96% e manutenção dos preços mínimos fixados para a safra 2012 para aveia, canola, cevada, girassol e sementes - destacou o ministro Mendes Ribeiro.

Relativo ao crédito, o limite por produtor passou de R$ 650 mil para R$ 800 mil. Também foram disponibilizados R$ 28,3 bilhões no período 2012/13 para programas das modalidades de investimento, alta de 5% em relação à safra anterior. As taxas de juros também foram reduzidas em 18,5%.

FONTE: www.agrolink.com.br

terça-feira, 5 de março de 2013


Banrisul anuncia R$ 250 milhões para safra de inverno


Banrisul anuncia R$ 250 milhões para safra de inverno

O Banrisul anunciou, na última segunda-feira (04/03), durante a 24ª Interiorização do Governo do Estado, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, R$ 250 milhões para financiar o custeio e comercialização de culturas de inverno, além de recursos para o custeio pecuário e produção de hortifrutigranjeiros. Já na última sexta-feira (01), o Banrisul anunciou outros R$ 250 milhões para a comercialização do milho. Somado ao investimento para a safra de inverno, o Banco totaliza o valor de R$ 500 milhões em recursos para a agropecuária no Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente da instituição, Túlio Zamin, o Banco, articulado com o Governo do Estado, vem fazendo esse esforço para poder concretamente e objetivamente colocar à disposição dos produtores esses recursos, tanto para a produção das lavouras de inverno, como para a comercialização do milho.
Na oportunidade, o dirigente informou que os 40 profissionais e técnicos do Banrisul que estão atuando na feira foram orientados a trabalhar fortemente na divulgação do programa Mais Água, Mais Renda. “Nos novos tempos em que vivemos, o grande investimento é em inovação, em tecnologia”, destacou, afirmando que “nesse momento, com a perspectiva de uma boa safra de grãos, a aplicação em irrigação por meio desse programa do Governo do Estado é uma excelente alternativa”.

SAFRA DE INVERNO

O trigo é considerado o principal produto da safra de inverno. Porém, há outras culturas importantes, como aveia, triticale, centeio, girassol, além da cevada para a indústria de bebidas, e a canola, como alternativa de grão de inverno para a indústria de biocombustível, que também são contempladas pelo financiamento.
Do total dos recursos, no mínimo R$ 150 milhões serão empregados no financiamento do custeio do trigo. Na safra anterior, foram financiados nesta modalidade R$ 62,6 milhões. Para o ano de 2013, a expectativa é que a área plantada da cultura de trigo deva crescer 4,7%, segundo dados da Conab e Emater. Em 2012, foram plantados 932 mil hectares.

Modalidades de financiamento para a safra de inverno:

 - custeio para trigo, canola, cevada, aveia, triticale, centeio e girassol;
 - custeio para hortifrutigranjeiros;
 - custeio pecuário;
 - comercialização.

Taxa de juros:

As taxas juros são definidas em função do enquadramento do produtor:
Produtor Empresarial e Pessoas Jurídicas: 5,5% a.a
Médio Produtor (Pronamp): 5,0% a.a
Produtor Familiar (Pronaf): 1,5% a.a para operações até R$ 10.000,00
3,0% a.a para operações até R$ 20.000,00
4,0% a.a para operações até R$ 80.000,00

FONTE: www.agrolink.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Governo federal pretende estimular plantio de trigo com Plano Safra de Inverno
Medida mais esperada pelo setor é o reajuste no preço mínimo.

O governo federal deve anunciar nos próximos dias o Plano Safra para culturas de inverno. Com as medidas, o Ministério da Agricutura pretende estimular o plantio de trigo. O que o setor mais quer, o reajuste no preço mínimo, vai sair, mas o valor ainda não foi divulgado. O Conselho Monetário Nacional se reúne na próxima quinta, dia 28, para aprovar esse voto agrícola. Além disso, haverá redução nos juros.

O que o governo federal e o setor esperam é que o plantio de trigo aumente. O objetivo é melhorar o resultado de 2012, quando foi colhida a menor safra dos últimos cinco anos, devido à problemas climáticos e redução na área plantada. Foram pouco mais de quatro milhões de toneladas. Para garantir o abastecimento interno, o país precisa recorrer às importações, todos os anos, de sete milhões de toneladas.

Para estimular a produção de trigo, o governo reduzirá os juros do custeio agrícola, que vão passar de 6,75% para 5,5% ao ano. Atualmente o preço mínimo é de R$ 420,00 a tonelada.

— Para nós, além dos recursos a mais que deverão ser disponibilizados, também corrigir os preços mínimos será importante para que haja a cobertura efetiva dos custos de produção dos nossos agricultores e efetivamente tenha ganho real em cima de toda essa situação — afirma o secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris.

Os detalhes do Plano Safra de Inverno serão anunciados pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, na semana que vem, quando ele irá participar da Feira Internacional de Agronegócio (Expodireto), na cidade de Não-Me-Toque, Rio Grande do Sul. Para a semana que vem, o Ministério da Agricultura deverá publicar uma Portaria que garanta a sustentação do preço da uva por meio de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP).

FONTE: www.cotrijuc.com.br

Governo do RS discute propostas de apoio às culturas de inverno

As medidas devem ser anunciadas pelo governador Tarso Genro na abertura da Expodireto/Cotrijal


Em reunião realizada na tarde dessa terça-feira (26), na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, representantes de vários setores do Governo Estadual debateram as possibilidades de ação complementar do Estado em apoio aos agricultores na próxima safra de inverno. As medidas, que ainda não foram definidas em sua integralidade, devem ser anunciadas pelo governador Tarso Genro, na próxima semana, na abertura da Expodireto/Cotrijal, no município de Não Me Toque. 

Coordenado pelos secretários da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, e Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, os debates apontaram para a criação de linhas de crédito especial para custeio, investimento e comercialização da próxima safra, a partir dos bancos que constituem o sistema financeiro estadual. 
O volume de recursos que serão aportados e as linhas a serem ofertadas, bem como outras medidas, devem ser definidos até o final de semana. "Serão medidas complementar ao plano que deve ser anunciado nos próximos dias pelo Governo Federal", definiu Mainardi, que ressaltou a importância do Estado manter fortalecido o seu sistema de crédito.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Safra de Inverno - Aumento da produção e reajuste no orçamento
Com previsão de anuncio oficial no mês de março, equipe do Governo Federal intensifica o traçado das ações que integrarão o pacote de medidas objetivando beneficiar o produtor rural

O traçado de ações e benefícios oferecidos pelo Plano Safra de Inverno para este ano está em fase de elaboração pelo Governo Federal que promete, entre outras medidas, acelerar a construção de políticas que assegurem o aumento da produção e um reajuste no orçamento dos recursos destinados ao crédito para os agricultores. 
De acordo com o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no ano passado, o Governo garantiu R$ 430 milhões em recursos de crédito voltados à comercialização da safra de trigo, além de R$ 60 milhões para o pagamento das subvenções do seguro agrícola e o reajuste dos preços mínimos de todas as culturas de inverno. A promessa é que esses valores aumentem ainda mais no Plano Safra de Inverno de 2013 que deve ser anunciado no início do mês de março, conforme as previsões da presidente Dilma Rousseff.




Para o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, é importante ressaltar duas questões entre os itens apontados pela presidente Dilma Rousseff. O primeiro ponto relevante e que influência diretamente o homem do campo é o reforço financeiro destinado ao orçamento do Plano Safra de Inverno, que se consolida a cada edição. Conforme Pavan, o Rio Grande do Sul enfrenta a cada inverno um problema grave que é o abandono de grande parte das lavouras em função da baixa produtividade ou de grandes perdas que afetam a produção e abalam os produtores. Contudo, a partir do aumento no incentivo pode-se programar o suporte oferecido ao agricultores que optam entre as diversas opções de cultivo e aumentam sua rentabilidade também nesta época do ano. “A possibilidade de produzir trigo está agradando novamente os agricultores em função do preço que está melhor. A canola também é uma boa opção, principalmente para a produção de óleos que tem conquistado muito espaço no Rio Grande do Sul e existe também a opção do cultivo das forrageiras de inverno, necessárias para a bacia leiteira que também está crescendo no Estado. Por várias razões, o Plano Safra de Inverno vai se consolidando com uma força cada vez maior”, avalia.



Outro item frisado pelo secretário Ivar Pavan, é a criação de uma Agência Nacional de Assistência Técnica que ofereceria suporte aos agricultores na tomada de decisões e investimentos realizados em cada propriedade rural. “Considero este anúncio, o mais importante. O grande desafio da agricultura familiar hoje, é ter uma assistência técnica sistemática que acompanhe o produtor lá na sua propriedade para que os investimentos que ele vá fazer sejam orientados de acordo com a vocação e as características da propriedade. Essa é a nossa bandeira, universalizar a assistência técnica pública, portanto ter uma agência nacional”, reitera.
Atualmente essa assistência é realizada através de chamadas públicas. “Nós queremos que o Governo Federal tenha uma política pública permanente e um número de técnicos suficiente para acompanhar todos os agricultores do nosso Estado”, garante Pavan.
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, expressou que a expectativa é de que o anúncio a ser feito pela presidente ratifique o crescimento dos recursos destinados para o financiamento do setor agropecuário, conservando a curva ascendente que está sendo experimentada desde o Governo Lula. “Saímos de R$ 20 bilhões destinados ao crédito em 2002 para mais de R$ 120 bilhões. Também estamos confiantes de que a política de juros será contemplada, senão com a redução dos encargos financeiros, pelo menos com a manutenção dos atuais níveis, que são altamente atraentes e, por extensão, indutores do desenvolvimento”, diz.


Mainardi ressalta ainda que as expectativas tem lastro no que vem acontecendo no país nos últimos anos. “Basta recordar da criação do Plano Safra da Agricultura Familiar, com linhas específicas e diferenciadas. E, também, do Plano Safra da Agricultura Empresarial, que beneficiou o agronegócio com juros muito baixos para investimentos, a exemplo do PSI, com juros de 3%.”, expõe. Para Mainardi, com os preços agropecuários em bom nível, este é o momento de investir em tecnologia e boas práticas agrícolas em geral, como no manejo do solo (ABC) , aproveitando-se do ambiente que é muito favorável.

Todas as medidas construídas ainda deverão ser avaliadas e aprovadas pelo CMN – Conselho Monetário Nacional.

FONTE: www.diariodamanha.com.br

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Fundação Pró-Sementes fomenta comercialização de sementes
Instituição lança Bolsa de Sementes durante a Expodireto

Com o objetivo de ampliar o uso de sementes certificadas e de qualidade, a Fundação Pró-Sementes de Apoio à Pesquisa lança, durante a Expodireto Cotrijal 2013, a Bolsa de Sementes. Este novo serviço coloca à disposição dos agricultores os melhores lotes produzidos pelas empresas associadas à Fundação.

De acordo com o diretor técnico e administrativo da Fundação Pró-Sementes, José Hennigen, serão comercializadas sementes com qualidade fisiológica superior e com germinação mínima de 85%. “Nosso objetivo é fomentar o uso de sementes de qualidade”, explica Hennigen.

A Bolsa de Sementes irá negociar sementes de soja, trigo, aveia, entre outras culturas, do portfólio produzido pelos sementeiros associados à Fundação. “Pretendemos auxiliar na comercialização dos produtos oferecidos, especialmente, por pequenas e médias empresas instituidoras da Pró-Sementes, facilitando a sua inserção no mercado”, conclui Hennigen.

O lançamento da Bolsa de Sementes da Fundação Pró-Sementes acontece no dia 05 de março às 16 horas no estande da instituição na Expodireto 2013.

FONTE: www.diariodamanha.com.br

Entidades agrícolas trabalham na organização da próxima safra de trigo


A Fecoagro – Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul – encaminhou, ainda no final do ano passado, uma série de pleitos ao governo federal. O presidente da entidade, Rui Polidoro Pinto, disse ontem no programa do Sindicato Rural de Ijuí, que foi ao ar pela Rádio Progresso, que os pedidos feitos junto à União se referem à melhoria de logística, comercialização, dentre outras questões.
Além disso, a Fecoagro solicita melhoria no preço mínimo do trigo, pelo menos que o governo reponha a esse preço mínimo a inflação do último período.

Polidoro ressaltou que no próximo dia 28 ocorre nova reunião em Brasília quando essas solicitações vão ser reencaminhadas.
O presidente da Fecoagro ainda frisou a necessidade da União garantir verbas para a comercialização do cereal.
Ele também enfatizou a preocupação com o aumento médio de 10% nos insumos que aconteceu recentemente, o que encarece o plantio.
Já o presidente do Sindicato Rural de Ijuí, Valdir Zardin, destacou a importância em ter linhas de crédito em tempo adequado e com recursos suficientes para aquisição de sementes de trigo na época necessária, assim como os insumos.

FONTE: www.agrolink.com.br

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Relatório indica momento favorável ao Brasil


Relatório indica momento favorável ao Brasil
Bons preços devem permanecer e mercado gaúcho tem maiores oportunidades para exportação de milho
A divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos no último dia 8, tem grande repercussão no mercado, pois é uma das principais fontes de informação e os agentes acabam se baseando nesses dados. De acordo com o agrônomo da Emater, Ataídes Jacobsen, a tendência é dos preços se manterem em alta.

Trigo

Com relação ao trigo, a produção deve ficar abaixo do consumo, em torno de 20 milhões de toneladas e isso faz com que haja uma redução dos estoques e, como conseqüência, deve manter, pelo menos por mais algum tempo, preços elevados no mercado internacional.

Jacobsen diz que há possibilidade de aumento de área no Rio Grande do Sul, mas dependerá da política de preço e do agricultor estar mais ou menos capitalizado, também se houver financiamento ou uma possibilidade de um melhor ajuste do programa de garantia da atividade agropecuária. Entretanto, ele destaca que observando historicamente, depois de uma safra frustrada como foi a última, no que diz respeito a produção, o agricultor tende a recuar. “Mas se as possibilidades de mercado forem boas, talvez o agricultor possa comercializar com trigo valores similares ao preço mínimo de garantia tipo 1 classe pão. Neste caso, pode haver reação no cultivo do cereal”, explica.

No Rio Grande do Sul não há outra alternativa de cultivo, por conta disso, há possibilidade de que pelo menos a área cultivada seja semelhante a da safra passada que foi de 983 mil hectares. Já o Paraná tem oportunidade de cultivar a 2ª safra de milho, que compete com área de trigo. “Mas como o milho vem apresentando um rendimento bom e preço de mercado, tudo indica que terá continuidade um bom preço de mercado para o milho, e assim, o produtor paranaense se volte ainda mais para o milho, reduzindo o cultivo de trigo. A nível nacional, tenho dúvidas se haverá incremento de área. Da mesma forma no Estado, se ocorrer, não deverá ser significativa”, destaca o agrônomo.

Milho

O relatório divulgado neste mês foi menos crítico do que o anterior, com relação ao milho. Jacobsen comenta que há possibilidade de aumento na produção de milho em alguns países, como é o caso do Brasil. Essa condição elevou um pouco a expectativa de produção no mundo e os estoques ficam um pouco mais elevados, mas ainda em uma situação de preocupação com relação ao abastecimento. O relatório também apontou que há boas expectativas de preço no mercado internacional para o milho e isso proporciona ao Brasil a possibilidade de continuar exportando milho, em volumes talvez não tão elevados como na safra passada, quase 20 milhões de t. Ou seja, há um impacto positivo deste relatório sobre as possibilidades de preço de milho no mercado interno.

Soja

Há uma relação entre cotações do mercado internacional e do mercado nacional e os americanos projetaram no relatório, uma expectativa para os produtores de preços maior do que em janeiro, ficando entre US$ 13,60 a US$ 15,10 por bushel - o que na opinião de Jacobsen, é um preço muito bom. “Isso deve repercutir também no mercado local. As projeções em termos de produção são muito similares as do mês de janeiro e em termos de estoque de passagem a mudança é mínima. De qualquer forma, um quadro apertado em termos de oferta e demanda. Uma produção um pouco superior ao consumo, algo em torno de 6,5 milhões de t. Mas tudo indica que teremos preços bons também para a soja, com base no que vem demonstrando esses relatórios do Departamento de Agricultura americano”, acrescenta. 

Em março será divulgado o relatório que indica a primeira intenção de plantio de soja e milho nos Estados Unidos. Esse fator poderá mexer um pouco com os preços, porém, existe toda uma preocupação com a continuidade da estiagem nos EUA, significando que os preços, pelo menos até meados de 2014, tendem a continuar favorável ao produtor brasileiro.

FONTE: www.diariodamanha.com.br

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Trigo para biscoito se torna oportunidade no campo

Oferta da variedade ficou reduzida e abriu espaço para nicho de mercado

Trigo para biscoito se torna oportunidade no campo Alderi Bertuzzi/Agencia RBS

Com o incentivo dado no país à produção do trigo tipo pão, destinado à panificação, a matéria-prima para a bolachinha do café da tarde – trigo tipo brando – ficou mais rara e agora se transforma em oportunidade. Atender a essa demanda da indústria, com produção anual de 1,2 milhão de toneladas, virou um nicho de mercado para os produtores.
O avanço do trigo pão nas lavouras foi resultado do incentivo dado por agricultores e governo federal ao cultivo da variedade – a indústria de panificação é responsável por cerca de 60% do uso do cereal no Brasil –, como forma de reduzir a dependência do produto vindo da Argentina. Com isso, a produção do trigo brando perdeu espaço no território nacional.
No entanto, houve quem aproveitou para se especializar no fornecimento da matéria-prima para a produção de bolachas. Um exemplo é a Cooperalfa, cooperativa com base na região oeste de Santa Catarina, onde cerca de 4,5 mil famílias produzem 10 mil toneladas de trigo brando por safra, vendidas às indústrias de biscoitos.
– Desde os anos 1980, nossos cooperados produzem trigo brando. Já é uma característica da região. Por causa disso, buscamos clientes nesse mercado. Com o incentivo para a produção do trigo pão, vimos na redução da matéria-prima uma chance de crescer – ressalta Julio Bridi, supervisor do moinho da Cooperalfa.

Apenas 10% da produção do país é do tipo brando
No Rio Grande do Sul, ainda não existem cooperativas organizadas com este foco. Conforme dados da Embrapa Trigo, nos últimos sete anos, o número de cultivares de trigo brando disponíveis no mercado brasileiro diminuiu de 60% para 6%. O chefe-geral da instituição, Sérgio Dotto, avalia que apenas 10% da produção do cereal no país é da variedade para as indústrias de biscoitos e bolachas, que tem menor força de glúten (conjunto de proteínas que auxiliam no crescimento da massa do pão).
– Com o tempo, a tendência é de que este se torne um mercado dirigido, sob encomenda. O produtor pode destinar uma pequena parte para este segmento – salienta Dotto.


No forno
Apesar da diferenciação, o reflexo ainda não deve ser sentido nos preços. O mínimo estipulado pelo Ministério da Agricultura para o período entre julho de 2012 e julho de 2013 é de R$ 30,06 a saca de 60 quilos para a variedade pão, enquanto o brando, que se divide em básico e doméstico, varia de R$ 20,85 (básico) a R$ 25,02 (doméstico).


A força de glúten (proteínas que ajudam o pão a crescer) é a principal diferença entre as duas variedades:
O trigo brando tem força de glúten entre 160 a 200, enquanto o trigo pão tem entre 230 a 280.
A produção brasileira anual de biscoitos e bolachas é de 1,2 milhão de toneladas.
O consumo de biscoitos dos brasileiros tem média de 6,5 quilos por habitante ao ano. Os preferidos são para biscoitos recheados (30% do total) e crackers/água e sal (25%).
O segmento de biscoitos e bolachas representa 50% do valor das exportações com derivados de trigo, com receitas que chegam a US$ 75 milhões por ano. Os principais destinos desses produtos são Angola, Paraguai, Estados Unidos e Uruguai.

Fonte: Embrapa Trigo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Plano Safra de Inverno ganha forma



Plano Safra de Inverno ganha forma
Entre as medidas em discussão, as que asseguram especialmente o aumento da produção
A construção das políticas para a triticultura e as culturas de inverno, conhecido como Plano Safra de Inverno, anda a passos firmes para virar realidade até o final deste mês ou o mais tardar no início de março. A boa notícia foi dada pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, que está trabalhando conjuntamente com a equipe da secretária na elaboração das ações que beneficiarão o produtor rural.


Entre as medidas em discussão, as que asseguram especialmente o aumento da produção, por meio do reajuste dos valores mínimos em níveis que sustentem a formação da renda do produtor e a ampliação do limite de financiamento de custeio das lavouras. Também está em debate a possibilidade de realização de estudos de zoneamento de risco climático para os principais estados produtores. Todas as medidas construídas devem passar pela aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) antes de entrarem em vigor.

No ano passado, o Governo garantiu R$ 430 milhões em recursos de crédito voltados à comercialização da safra de trigo, R$ 60 milhões para o pagamento das subvenções do seguro agrícola e o reajuste dos preços mínimos de todas as culturas de inverno. “Estamos trabalhando para ampliarmos esses volumes, ouvindo o setor e formatando o plano com o apoio da iniciativa privada. Nosso objetivo é fomentar a produção e garantir recursos para a comercialização do produto”, disse Geller.

FONTE: www.agrolink.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Redução no cultivo de trigo brando pode resultar em nicho de mercado

Redução no cultivo de trigo brando pode resultar em nicho de mercado

Na última década, o setor tritícola passou a investir na produção de trigo pão com o objetivo de melhorar a liquidez dos grãos junto à indústria de panificação, mercado responsável por 60% do uso do trigo no Brasil. Contudo, muitos segmentos da indústria dependem do trigo com menor força de glúten (W) para a fabricação de biscoitos, waffer, macarrão instantâneo, pizzas e alimentos infantis. A organização do complexo agroindustrial do trigo para atender novos nichos de mercado foi objeto de discussão na Embrapa Trigo, no dia 22/01.


Em 2006, mais de 60% das cultivares disponíveis no mercado eram de trigo brando, hoje são apenas 6%. No mesmo período, o trigo pão representava 40% das cultivares e hoje corresponde a 80%. “Para se ajustar ao mercado, as empresas de melhoramento passaram a trabalhar voltadas ao desenvolvimento de cultivares de trigo pão, com força de glúten e teor de proteínas cada vez mais altos, capazes de atender tanto a indústria de moagem quanto às padarias”, explica o pesquisador da Embrapa Trigo, Ricardo Lima de Castro.

Durante muito tempo, o trigo brando (também chamado de soft no mercado internacional ou básico nas especificações brasileiras) foi considerado produto de qualidade inferior, com menor remuneração no mercado nacional. Entretanto, com o crescimento da indústria de biscoitos este cenário começa a mudar. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biscoitos, conta com 580 empresas e produção anual de 1,2 milhões de toneladas. O consumo dos brasileiros praticamente dobrou em menos de dez anos, com a média atual de 6,5 kg por habitante ao ano, especialmente de biscoitos recheados (30%) e crackers/água e sal (25%). O segmento de biscoitos e bolachas representa 50% do valor das exportações com derivados de trigo, gerando receitas que chegam a 75 milhões de dólares por ano. Os principais destinos são Angola, Paraguai, Estados Unidos e Uruguai.

No moinho da Cooperativa Agroindustrial Alfa (sede em Chapecó, SC), a capacidade instalada de processamento de trigo é de até 650 toneladas/dia, volume que pode resultar em 480 toneladas/dia de farinha. De acordo com o responsável pelo moinho, Julio Tanilo Bridi, o produto base é o trigo pão, mas a mescla para panificação depende de 20 a 30% da mistura com trigo brando. O valor pago ao produtor pelo trigo brando é igual à cotação do trigo pão. Assim, a cooperativa continua produzindo, em média, 10 mil toneladas de trigo brando a cada safra. “Ainda há resistência do produtor, e até mesmo das instituições de financiamento, no cultivo do trigo brando. Mas sabemos que trigo bom é aquele que tem mercado, seja ele brando, pão ou melhorador”, esclarece o agrônomo da Cooperalfa, Claudiney Turmina.

Nichos

De acordo com a Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Trigo, Ana Christina Sagebin Albuquerque, dimensionar o tamanho do mercado para trigo brando vai permitir a formação de um novo nicho de mercado, especialmente para o pequeno produtor que representa 60% dos produtores de trigo no país, com áreas de até 20 hectares.

Para atender a demanda da indústria, não basta apenas o trigo na classe brando (força de glúten entre 90 e 170). O teor de proteínas dos trigos brasileiros ainda está muito acima dos 11% desejados pela indústria de biscoitos. “Nossos trigos ainda tem o teor de proteína alto demais para produzir biscoitos. O resultado final são biscoitos que se quebram no pacote”, explica pesquisadora da Embrapa Trigo Martha Zavariz de Miranda.

“Com a demanda bem definida, direcionamos a pesquisa para chegar a uma cultivar que atenda a características da indústria de biscoitos, como força de glúten baixa, pouca proteína e baixa absorção de água. O primeiro resultado foi a cultivar BRS 374, lançada em 2011, com teor de proteínas em 11,7%, um dos menores do mercado, glúten em 119, cor de farinha branca, planta de baixo porte e alta produtividade. Outras opções são BRS Louro e BRS Umbu, mas é importante que o produtor escolha a cultivar considerando tanto a demanda do mercado, quanto as características do ambiente e manejo”, conclui a chefe de pesquisa Ana Christina Sagebin Albuquerque.

Fonte: www.agrolink.com.br

sábado, 26 de janeiro de 2013


Trigo: Sem tarifas para importações
Com a baixa na produção brasileira, a necessidade de comercialização de países de fora do Mercosul será beneficiada com a extinção provisória da TEC

A produção de trigo no Brasil na safra 2012/2013 chegou a 4,3 milhões de toneladas, uma quebra de 24% em comparação com a safra passada é um déficit importante, já que o volume representa apenas 40% do consumo histórico anual do país. Somente o estado do Rio Grande do Sul produziu cerca de 1,75 milhões de toneladas, bem abaixo das 2,64 milhões de toneladas da safra passada.

Com a baixa na produção brasileira e sem atender ao consumo interno, a segunda opção seria recorrer a Argentina, tradicional fornecedor nacional. No entanto, o clima também prejudicou as lavouras do país vizinho, que teve quebra de aproximadamente 32% e não vai fornecer a quantidade necessária do cereal neste ano.




(Oferta reduzida levará o país a buscar de trigo de outros países / FOTO DIVULGAÇÃO)

Extinção

Segundo o analista Renan Gomes da Safras & Mercado, com a quebra na produção, a escassez de trigo na Argentina e oferta reduzida levará o país a buscar de trigo de outros países, em especial América do Norte, como Estado Unidos e Canadá.
Conforme ele, a Tarifa Externa Comum (TEC), que é inexistente na comercialização entre países do Mercosul, pode ser extinta também para outros exportadores durante o período de entressafra do grão. “A tarifa é imposta pelos membros do Mercosul para taxar o trigo de fora do bloco em 10% do valor do produto. A partir de março, tem um forte indício de que a TEC vai ser extinta por um período, até entrar a safra brasileira, em setembro e outubro”, avalia.
FONTE:www.diariodamanha.com