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sexta-feira, 15 de março de 2013


Produtores de São Sepé começam a investir no cultivo de uvas


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A ideia da diversificação de culturas está se espalhando por São Sepé. O projeto do Executivo, que pretende estimular diferentes cultivos na cidade, começa a ganhar adeptos e a produção começa a apresentar uma alternativa econômica aos produtores.
Foi o que pensou o produtor José Leonardo Schaf, da localidade da Coxilha Verde, quando pegou a estrada rumo à Serra Gaúcha. Na terra dos vinhedos, o sepeense foi em busca de orientação técnica para saber se sua terra podia ser palco da produção de parreirais. Schaf voltou da cidade de Bento Gonçalves com a certeza de que podia expandir sua cultura, antes voltada apenas ao arroz e a soja.
A ideia que nasceu há seis anos, hoje se transforma na matéria prima para produção de sucos e vinhos. “Sempre tive em mente que poderia produzir uvas na minha terra. Hoje comercializo meus produtos e tenho um lucro alternativo às produções comuns na região”, destaca o produtor.
Em um espaço com cerca de um hectare, Schaf consegue produzir até 20 mil quilos de uva. Além de comercializar os subprodutos, ele também comercializa os cachos de uva moscato com supermercados da cidade. “Na época da colheita, ainda contrato um grupo de trabalhadores para dar assistência. Além disso, as pessoas gostam de consumir um produto que tem procedência, que sabem que é da nossa terra”, afirmou.

Da mesma opinião partilha o prefeito Léo Girardello. Defensor da diversificação na produção, o prefeito de São Sepé recebeu uma amostra do suco produzido na localidade e destacou que vai levar um material para empresas da serra. “Precisamos mostrar para as empresas que temos condições de tirar produtos de qualidade da nossa terra. Esta é uma ideia que sempre tivemos e agora vamos começar a colocar em prática. A união de culturas, mesmo que em um pequeno espaço, junto à irrigação, garantem a eficiência e a certeza de retorno econômico”, exemplificou.

FONTE: www.jornaldogarcia.com.br

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vinícolas da região da Campanha avaliam prejuízos com a queda da safra da uva
A diminuição de cerca de 20% na safra da uva trará prejuízos para os vinicultores da região.


A situação será sentida daqui a cerca de três anos quando os vinhos produzidos serão distribuídos para o consumo. A informação é do engenheiro agrônomo e responsável técnico pela vinícola Peruzzo, Eder Peruzzo.
O agrônomo salienta que além da produção ter diminuído em cerca de 40% por causa do clima, a invasão de pássaros contribuiu para a queda da safra. Ele conta que a capacidade anual da vinícola é de 75 mil garrafas-ano e com a diminuição da colheita serão produzidas 50 mil garrafas. “Diminui o estoque do produto”, salienta.
O técnico comenta que é preciso manter a quantidade de açúcar na uva para que o vinho tenha melhor qualidade. A empresa planta 16 hectares e toda a produção de uva é direcionada para a produção de espumantes e vinhos. “Buscamos qualidade no produto final”, afirma Peruzzo.
O beneficiamento dos vinhos tintos Merlot e Cabernet Franc, inicia amanhã na empresa. Atualmente toda a produção da vinícola é distribuída para Porto alegre e cidades vizinhas. Mesmo com a diminuição da safra, Peruzzo está otimista quanto ao mercado de vinhos no país. Ele comenta que os espumantes, que são 40% da produção, é um dos mercados que mais crescem anualmente. “As pessoas estão criando o hábito de beber produtos brasileiros”, disse.

Batalha Vinhos e Vinhas
De acordo com o engenheiro agrônomo e sócio-gerente da empresa Batalha Vinhos e Vinhas, Giovani Peresa, a perda da safra se deu principalmente em função dos pássaros. O produtor pretendia produzir em torno de 15 mil garrafas-ano e como houve queda na safra serão beneficiados 10 mil. A meta do produtor é fabricar em torno de 150 mil no quinto ano de plantio.
Esta é a primeira safra própria que o produtor irá utilizar para o beneficiamento da bebida e afirma que o prejuízo será na quantidade da uva e não na qualidade do produto. Peres comenta que as primeiras mudas foram plantadas em 2010. “Cultivamos cerca de sete hectares e a meta é chegar a 15”, complementa.
O engenheiro informa que este ano o ataque dos pássaros foi maior e mais severo e que a qualidade da uva está boa, mas perde para outros anos. Ele irá beneficiar apenas vinho tinto porque os parreirais das uvas brancas recém estão começando a dar frutos e a quantidade não é suficiente para a produção. 
Segundo com o agrônomo, a partir de 10 de março começa a colheita das uvas para o Cabernet Sauvignon, e Merlot. “A expectativa é de colher 118 mil quilos”,enfatiza.

FONTE: www.jornalminuano.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Safra da uva em Bagé deverá ter queda de 20%
A produção de uvas plantadas no município de Bagé terá uma queda de cerca de 20% no final da colheita.

Os números acompanham a safra do estado na quantidade, porém a qualidade do produto colhido até agora apresentam excelentes condições de sanidade e desenvolvimento. O início da colheita foi antecipado em cerca de 15 dias em todo o Estado. Na primeira etapa, em janeiro, foram colhidas variedades de uvas brancas e atualmente começou a colheita das tintas. A antecipação ocorreu devido ao clima.
O presidente da Associação Bajeense dos Fruticultores, Jodolnei Trindade, salienta que a safra de Bagé é vendida para vinícolas da Serra e de Sant’Ana do Livramento, mas afirma que ainda não tem previsão da quantidade colhida por produtores no município. 
Conforme o coordenador regional da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Heraclides dos Santos, as quantidades colhidas no município serão conhecidos e divulgados pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ubravin) após 15 de março, quando termina a safra. Ele comenta que possui cerca de 10 hectares plantados e estima colher em torno de 65 mil quilos do produto quando em 2012 totalizou cerca de 80 mil quilos. “Com queda há uma sinalização de acréscimo no valor do produto”, disse.
O coordenador destaca que quando iniciaram as plantações de uva na região, a estimativa era de que com três hectares o produtor conseguiria se manter no mercado. Hoje Santos afirma que 10 hectares seriam o ideal para pagar os custos e deixar um retorno financeiro positivo para o produtor.
Para implantar um hectare segundo o coordenador, são necessários cerca de R$ 60 mil e a produção inicia após o segundo ano da plantação. “O custo de insumos e mão de obra também são altos”, disse.
O agrônomo e produtor agropecuário, Taue Bozzeto Hamm, informa que quando o produto em sua propriedade foi de 25%. Ele explica que o inverno passado não foi tão rigoroso e a chuva reduziu a qualidade das variedades tardias. “Dependemos do clima, se o tempo continuar seco até 15 de março haverá tempo de recuperar parte da safra”, disse. Ele espera que com a redução da colheita, aumente o valor do produto. 

Preço
A companhia Nacional de Abastecimento (Conab) optou por manter em R$ 0,57 por quilo estabelecendo um percentual maior de ágio na tabela utilizada para pagamento ao produtor. Para cada grau que supere a base de referência, o produtor receberá 7,5% a mais ao invés dos 5% aplicados no ano passado. O mesmo percentual vale como deságio, para a produção entregue com níveis de açúcar inferiores aos 15 graus babo na uva Isabel, utilizados como base na tabela. Para 2014 a Conab sinaliza com uma valorização ainda maior, de 10%.

domingo, 24 de fevereiro de 2013


Agricultores da região de Bento Gonçalves temem encalhar excedente da produção de uvas


Antônio Donati enfrenta problemas para escoar toda a produção





Mesmo com a garantia de escoamento da safra, alguns produtores alegam que enfrentam dificuldades para comercializar algumas variedades. Apesar da qualidade da fruta estar excelente, os produtores temem que as vinícolas não irão absorver 100% da safra em função dos estoques ainda remanescentes dos últimos dois anos. “Estamos próximos do auge da safra e muitos produtores ainda não sabem para quem vão vender sua uva, principalmente, as viníferas tintas. A gente começa a desanimar porque ano após ano a situação se repete e sobra sempre para o agricultor. Eu já penso em investir em outras coisas para acabar com esse estresse a cada safra”, lamenta Domingo Carraro, que produz 500 mil quilos de uva, 400 mil comuns e 100 mil viníferas, no Vale dos Vinhedos.

O produtor Antônio Donati, da localidade de Santo Antônio, no distrito de São Pedro, concorda. Para ele, um dos problemas enfrentados por muitos agricultores é a colocação de toda a colheita. “Foi meio chorado, mas consegui colocar tudo o que colhi”, revela. A mão de obra e o baixo preço da uva também dificultam ainda mais a situação de alguns produtores. Donati relata que muitos trabalhadores querem trabalhar com diárias e quando tem um certo valor na mão simplesmente vão embora. “Desse jeito não temos certeza se eles vão ficar até o fim da colheita, é bem complicado”, argumenta.

Alguns produtores estão investindo em outros setores para conseguir suprir os custos com a uva. A produtora Jaqueline Ferrari trabalha também com o turismo, e o seu marido deseja deixar o parreiral daqui há alguns anos. “A parreira mal dá para ele sobreviver, os outros da casa vivem todos do turismo”, enfatiza. A safra desde ano é uma das melhores, segundo Jaqueline, a uva Isabel está com boa colocação porém a moscato está sem comprador e os incentivos são poucos. “A situação está difícil, depois querem que os nossos filhos fiquem na roça”, declara.

A garantia de escoamento faz com que as vinícolas estimem receber toda a safra. Na Vinícola Salton, por exemplo, a expectativa é de receber 9,7 mil toneladas de uvas brancas (61%) e 6,2 mil de uvas tintas (39%). Além da produção de seus fornecedores habituais – Serra gaúcha, Campos de Cima da Serra e Fronteira Sul – a vinícola terá as primeiras uvas provenientes de 108 hectares, de um total de 700 hectares de terras adquiridas em Santana do Livramento. Estima-se que totalizem 200 toneladas de Chardonnay e Pinot Noir, a serem utilizadas principalmente para a elaboração de espumantes, aproveitando o terroir da Fronteira-Oeste.


Números da safra


Previsão da colheita no Brasil: 650 a 700 milhões de quilos de uva
Uva plantada no RS: 1 bilhão de quilos
Excedente: 100 milhões de quilos no RS
Previsão da colheita em Bento Gonçalves, Monte Belo, Santa Tereza e Pinto Bandeira: 200 milhões de quilos

Excedente: 1 milhão de quilos

Vinho estocado no RS: 300 milhões de litros
Projeção: 680 milhões de litros de suco consumidos em 2012
Valor do quilo: R$ 0,57
Mercado nacional: 80% de vinhos finos estrangeiros

FONTE: www.jornalsemario.com.br

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013


Nova Vinícola Campos de Cima começa a operar em Itaqui (RS)


Nova Vinícola Campos de Cima começa a operar em Itaqui (RS)

As novas instalações da Vinícola Campos de Cima, em Itaqui (RS), começam a operar esta semana. No momento, 95% das obras da nova estrutura para vinificação de vinhos da Campanha Gaúcha já estão concluídas. Para encerrar o processo de instalação da empresa no local falta apenas a implantação de seu novo escritório, a decoração do espaço interno e o ajardinamento do entorno da construção. O prédio moderno e preparado para a elaboração de mais de 80 mil litros de vinhos ao ano está situado na BR-472, no trevo de acesso a Itaqui, no 1º Distrito. “Queremos incentivar o enoturismo na região, já que somos a única vinícola com potencial de atrair turistas na fronteira com a Argentina”, afirma a proprietária Hortência Brandão Ravache Ayub. O valor do investimento atingiu a cifra de R$ 1 milhão.

Toda a nova estrutura da vinícola foi minuciosamente desenvolvida para processar as uvas cultivadas nos 15 hectares de vinhedos da empresa, localizados em Maçambará, a cerca de 100 Km de Itaqui, na fronteira com a Argentina. Nesta quarta-feira (13), a nova vinícola recebeu suas primeiras uvas Malbec para vinificação. Ainda serão processadas na cantina de Itaqui as uvas Merlot, Tannat, Shiraz e Cabernet Sauvignon, que serão colhidas ainda em fevereiro. Os espumantes desta safra seguirão sendo elaborados em parceria com a Vinícola Geisse, em Pinto Bandeira (RS), e as uvas Ruby Cabernet e Viognier serão vinificadas na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS).   

“Estamos diante de uma das vinícolas mais modernas do Sul do Brasil e do maior empreendimento concretizado pela Campos de Cima”, comemora o diretor comercial da empresa, Pedro Candelária. “O novo prédio para a vinificação de nossa produção é um projeto ousado e necessário para a expansão de um negócio promissor. Atualmente, somos responsáveis pela elaboração de vinhos ímpares no país. Bebidas que expressam o alto nível de qualidade do mais novo terroir do Sul do Brasil”, observa Candelária. 

Do sonho à realidade
A construção da nova vinícola obteve o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A instituição concedeu um financiamento de R$ 595 mil para a execução da nova planta. O resultado, que poderá ser conferido em breve, é a contemplação de um sonho que se torna realidade: uma área construída de 1.161 metros quadrados, que contará com adega, área de recepção das uvas, área industrial, área de recepção de visitantes, uma loja para venda direta ao público e um escritório da empresa. “Será um espaço equipado para multiplicar nossa capacidade de produção e permitir a manutenção do alto nível de qualidade de nossos vinhos”, explica o executivo. 

O projeto da nova vinícola foi idealizado e monitorado pela arquiteta Manuela Brandão Ayub Candelária, que é uma das proprietárias da Campos de Cima. Ela possui curso de Pós Graduação na Universidade Autónoma de Barcelona e de Master na Universidad de Barcelona, instituições com alto prestígio internacional.Para criar a estrutura da nova vinícola, Manuela se dedicou a captar os elementos mais relevantes da cultura gaúcha e da Região da Campanha e dar-lhes, ao mesmo tempo, um tratamento moderno e arrojado no novo prédio. “O uso de acabamentos locais e a implantação de um processo produtivo prático foram a tônica dessa obra”, descreve. 

Saiba mais

Diante do grande progresso alcançado pela empresa, seu diretor comercial recorda que os vinhedos da Campos de Cima foram implantados de 2002 a 2004, tendo a primeira safra em 2006. “Dessa safra foi originando um lote de 5 mil garrafas do Campos de Cima Tannat, que chegou ao mercado em 2009. Um grande vinho”, destaca Pedro Candelária. Além dessa uva, a empresa também elabora, hoje, vinhos a partir das variedades Ruby Cabernet, Chardonnay, Viognier, Pinot Noir, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Malbec e Tempranillo. 

FONTE: www.agrolink.com.br

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Portaria com preço da uva será divulgada dia 22

Documento venceu no dia 31 de dezembro de 2012, nova portaria garantirá o preço mínimo da uva Isabel para os produtores

Na próxima sexta-feira, 22, estará em Bento Gonçalves o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller. 

Durante a visita, o secretário deverá anunciar a renovação da portaria interministerial que regulamenta os leilões de Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP), que regulamenta o preço da uva. Esta portaria venceu no dia 31 de dezembro de 2012. 
O deputado federal Jerônimo Goergen (PP) também visitará Bento junto com o secretário. De acordo com o parlamentar, o titular da Mapa já havia demonstrado o interesse em renovar a portaria: “fizemos uma reunião em Brasília onde estiveram várias lideranças do setor, e o assunto foi encaminhado ao Ministério”. 
O vice-prefeito de Bento, Mário Gabardo, participou da reunião em Brasília, e enfatizou a importância da portaria que estipula o preço: “com a medida os produtores tem uma garantia de que se o valor  de comercialização no mercado estiver realmente abaixo do preço estipulado pelo Governo, o Ministério da Agricultura agirá”, afirma.

Para este ano já está definido o preço mínimo da uva industrial, a uva Isabel, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O valor ficou em R$ 0,57/kg

A portaria que regulamenta os valores da uva está baseada na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). O documento está sendo finalizados por técnicos do Ministério da Fazenda (MF) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), e deve ser publicado nossos próximos dias. 
A portaria fica à disposição do setor vitivinícola, e pode ser utilizado sempre que o valor recebido for inferior ao estípulado pelo governo federal. 
Para o deputado Goergen o documento valoriza os produtores, mas também a cadeia produtiva da uva e do vinho, uma vez que os recursos serão aplicados diretamente no setor. 
A expectativa é de que sejam processadas 500 toneladas da uva Isabel no Rio Grande do Sul, o estado é responsável por aproximadamente 90% da produção nacional. 
A variedade da uva é utilizada para produção de sucos, vinhos e derivados.

FONTE: www.jornalsemanario.com.br

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Fruticultura de Bagé enfrenta dificuldades de comercialização

Presidente de associação afirma que muitos produtores deixam setor

Estando vinculado à fruticultura de Bagé desde o ano de 1997, o advogado Jodolnei Alves Trindade observa um cenário bem diferente do que existia no passado. Se antes, a fruticultura atraía diversos produtores pela sua capacidade de alternativa de renda, hoje, há uma redução de fruticultores e diversas culturas estão ameaçadas de não serem mais produzidas como há vinte anos. “Nós começamos com um grupo de produtores e, inicialmente, produzimos ameixa. Depois de uns dois anos, introduzimos o pêssego e a partir do ano 2000, entramos com a uva vinífera com parceria com a Salton”, recorda o presidente da Associação Bageense de Fruticultores.
Trindade comenta que a cultura da ameixa não deu certo por não ser comercialmente viável. A cultura do pêssego após uma produção boa acabou perdendo espaço, a falta de uma agroindústria seria um desses motivos. “Nós já mandamos pêssego para São Paulo e ele era valorizado pela qualidade. Com o tempo apareceram problemas pelo encarecimento do frete, pois a distância era grande. Além disso, o mercado local também era problemático por problemas de comercialização, isso resultou no abandono dessa cultura. Hoje o pêssego está quase em extinção. Têm poucos produtores que investem nessa cultura”, afirma.

Atualmente, na associação são mais de 20 produtores que integram a entidade. No passado, o número já foi de 47 produtores.
De acordo com o produtor, a uva para produção de vinhos ainda é uma cultura que resiste e tem boa produção em Bagé. Devido as boas condições climáticas, a colheita da uva demonstra que terá uma oferta de alta qualidade e quantidade. “O problema da uva é que não dá para se programar e nem fazer maiores projetos porque quem coloca o preço é a indústria. Tem anos que enfrentamos dificuldades como em 2012 por conta da estiagem. Neste ano, já estamos colhendo a uva branca e a uva tinta começará em março, e o que notamos é que iremos conseguir colocar uma uva de grande qualidade”.
O advogado destaca a necessidade que o poder público volte a apoiar a fruticultura. “Até pelo histórico dela em Bagé e na região, ela se mostra viável. Há condições para produzirmos com qualidade e quantidade, então temos que superar as dificuldade deste gargalo que é a comercialização. Superando isso, terá como incentivarmos a integração de novos produtores à fruticultura”, ressalta.

FONTE: www.jornalfolhadosul.com.br

Embrapa apresenta variedade de uva específica para a produção de suco

Os pesquisadores da Embrapa no Rio Grande do Sul desenvolveram uma nova variedade de uva específica para a elaboração de sucos 




O trabalho foi realizado com o objetivo de buscar uma fruta com alto teor de açúcar, grande produtividade e baixo custo da produção.
A colheita no campo é o resultado de quase 15 anos de pesquisa. Foi preciso fazer muitos testes até chegar à cultivar hìbrida de uva específica para a elaboração de suco. A uva magna foi cultivada durante quatro anos de forma experimental. Na pesquisa, ficou confirmado que a variedade se adapta a vários climas.

“Essa ampla adaptação climática faz dela uma variedade adequada para ser cultivada em outros municípios do Rio Grande do Sul como em outros estados do Brasil. Ela foi validada tanto em São Paulo como em Mato Grosso e apresentou as mesmas características observadas no Rio Grande do Sul”, diz Lucas Garrido, chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho.

A produtividade média de cada hectare cultivado com a nova variedade de uva fica entre 25 e 30 toneladas. Cada cacho pode pesar de 320 a 350 gramas. Outra característica da nova cultivar é a alta concentração de açúcar. Enquanto as outras variedades específicas para suco tem um teor de 14º a 15º brix, a BRS Magna apresenta um índice entre 17º e 19º. A reunião dessas características chama a atenção na elaboração do suco em relação à cor, ao aroma e ao sabor. A Embrapa espera disponibilizar essa variedade para o mercado a partir de julho.

FONTE: www.portaldoagronegocio.com.br

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Colheita da uva em Encruzilhada do Sul

Os parreirais carregados e praticamente maduros indicam que é chegado o momento da colheita de mais uma safra em Encruzilhada do Sul.







As vantagens climáticas para o cultivo da uva em Encruzilhada do Sul começaram a ser descobertas no início da última década e a cada ano atraem novos investidores, principalmente vitivinicultores da serra gaúcha. Além disso, diversos outros agricultores já descobriram as condições favoráveis para a produção da fruta em solo encruzilhadense. Os pequenos produtores, em sua grande maioria, cultivam a uva de mesa das variedades Bordô, Isabel, Niega Rosa, Niega Branca e Francesa Preta, aproveitada para o consumo in natura e também para a fabricação de sucos e vinhos artesanais.

No entanto, diferentes variedades da fruta são cultivadas pelas viníferas, tais como cabernet sauvignon, merlot, chardonnay, entre outras. As uvas destinadas para a fabricação de vinhos e espumantes são produzidas em Encruzilhada do Sul e transportadas para outros municípios, especialmente na serra gaúcha, onde acontece a industrialização.
Neste ano, as colheitas começaram antes do tempo previsto com relação aos anos anteriores, motivo que se deve ao adiantamento no processo do amadurecimento da fruta. Porém, algumas safras só estarão prontas para colheita a partir de março, segundo o chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Genésio Olavo Schafer, que passou-nos algumas informações sobre esse período de colheita.
Nossa reportagem foi até o vinhedo de propriedade do investidor Elio Perini na localidade do Passo dos Silvas em nosso município para ver de perto a colheita que está sendo feita no local.
Elio informou que a expectativa da colheita da safra de 2013 é bem maior que a do ano passado: - “No ano passado sofremos com algumas imperfeições nas frutas, o que prejudicou alguma parte do aproveitamento das mesmas. Neste ano a seca favoreceu-nos, de certa forma, fazendo com que a uva amadurecesse mais depressa e com isso adiantando o período da colheita, que começou dez dias antes da data inicial dos outros anos.”
Quem também acompanhou-nos durante a visita, foi o encarregado geral da colheita, Rogério Gapinski, que contou-nos sobre as uvas que estão sendo colhidas no momento. “No momento estamos colhendo as uvas de qualidade branca, que são as moscato e chardonnay, destinadas principalmente à produção de espumantes. Daqui a alguns dias, começará a colheita das uvas tintas, merlô e cabernet que são as frutas mais usadas para fazer vinhos.”
O senhor Elio Perini é parceiro da Casa Valduga, destinando as frutas do seu vinhedo para a produção dos produtos da empresa.

FONTE: www.correiopopulaonline.com

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Fumo dá lugar a produção de uvas

Fumo dá lugar a produção de uvas
A Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, apresenta um exemplo de diversificação de culturas, especialmente dedicada à fruticultura, como alternativa à produção de fumo. Embora, a região não seja típica para produção de videiras, a propriedade da família de Osvaldo Bohrer está cultivando uvas de mesa como forma de aumentar a produtividade e a rentabilidade da pequena propriedade, localizada na Colônia São Manoel, no 8º. distrito do município. Os resultados positivos sinalizam a prosperidade para cultura nesta área geográfica, com uma produção de mais de cinco mil quilos de uvas.“As uvas dão maior retorno que o fumo”, faz a afirmação considerada inédita, o agricultor Osvaldo Bohrer. Há quatro anos, ele dedicava-se a cultura do fumo, que no seu entendimento tinha que ter muito mais dedicação de mão-de-obra. Hoje, a troca do fumo pela cultura da uva indica nova paisagem na propriedade: parreirais em meio hectare de terra, cheios de cachos carregados do fruto.


A cultura da videira produziu rápido na propriedade, chegando em 15 meses a um resultado animador. A produção é considerada excelente, cada planta está dando de 7 a 8 kg . A projeção é que para o próximo ano seja de 15 kg/planta, comenta o extensionista da Emater/RS, Luiz Carlos Migliorini. Para o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, João Carlos Costa Gomes, o papel da Empresa neste caso de sucesso está na condução dos pequenos agricultores a adotar as estratégias de manejo e uso de técnicas adequadas a produção de videiras. “As duas famílias estão diminuindo sua dependência de insumos e estamos fortalecendo a autonomia desses agricultores, ao acompanhá-los na construção dessa diversificação de culturas”, falou. Os motivos para o sucesso da cultura nesta propriedade, na concepção de Luiz Carlos Migliorini estão em três passos: uso de mudas de qualidade, adoção de tecnologias ideais de produção das videiras e a motivação dos agricultores em apostar na cultura, assumindo uma nova postura na condução do parreiral.

FONTE: www.agrolink.com.br

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Pelotas promove Abertura da Colheita da Uva

Pelotas promove Abertura da Colheita da Uva

A Emater/RS-Ascar, juntamente com a Prefeitura de Pelotas, Embrapa, Universidade Federal de Pelotas e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, promoveu, na quinta-fera (31/01), na Colônia São Manoel, 8º Distrito de Pelotas, a Abertura da Colheita da Uva da região. Entre as autoridades, estiveram presentes a vice-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Nilson Loeck, o gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar, César Demenech, o chefe adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa, José Carlos Costa Gomes, além de representantes de instituições de ensino, lideranças locais, técnicos e agricultores familiares. 

O evento foi realizado na propriedade da família Bohrer, onde o agricultor Osvaldo Bohrer, a esposa Celi e os filhos Rafael, Leandro e Rosângela cultivam 40 hectares em regime familiar, com o plantio de pêssego, tomate, pimentão e uva, culturas que ocupam seis hectares da propriedade preservada pela mata nativa. Na cultura da uva, a família plantou mil pés das variedades Niágara Branca e Rosada. A expectativa é obter, na primeira safra, uma produtividade de 12 toneladas por hectare. Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, a cultura tem potencial para chegar a uma produtividade de 25 toneladas. 

Os Bohrer fazem planos para instalar uma câmara fria na propriedade, com a finalidade de melhorar as condições de armazenamento. O objetivo é ter um período maior para comercializar os produtos. “Para o agricultor ter sucesso no empreendimento, ele precisa acreditar no que faz, ter disposição para fazer e empregar a tecnologia disponível”, destacou o extensionista da Emater/RS-Ascar Luis Carlos Migliorini.

O pesquisador da Embrapa Jair Nachtigal destacou a boa safra como resultado do uso de mudas de qualidade, associado a práticas de irrigação, manejo do solo e controle fitossanitário. Já o professor da UFPel César Rombaldi defendeu a necessidade de o produtor ter um estudo de possibilidades de comercialização do seu produto.

FONTE: www.agrolink.com.br

Colheita de uva é aberta oficialmente na Região Centro Serra

Colheita de uva é aberta oficialmente na Região Centro Serra

Com uma expectativa de colheita de aproximadamente 40 toneladas, foi aberta oficialmente na última sexta-feira (1º/02), às 17h, no município de Passa Sete, a quinta edição da colheita da uva da região Centro Serra. A estimativa considera a ocorrência de quebra na produção em torno de 30 a 40%. 

“A redução é causada pelas adversidades climáticas como geada tardia, excesso de chuva e vento frio, nos meses de outubro e novembro, durante as fases de floração e formação do grão, além de queda de granizo e vendaval”, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar de Passa Sete, técnico agrícola Emocir Joel dos Santos.

A abertura da colheita foi realizada na localidade de Campo de Sobradinho São Pedro, nos vinhedos de João Calheiro, com recepção ao público e visitação ao parreiral, numa promoção da Emater/RS-Ascar, prefeitura, Associação de Vitivinicultores do Centro Serra (Avitis) e Cooperativa Vinícola Serrana.

Após, às 19h30min, no Ginásio de Esportes São Pedro, houve pronunciamentos das autoridades e palestra sobre diversificação de culturas na propriedade rural. 

Em Passa Sete, 13 agricultores familiares cultivam aproximadamente 6,5 hectares de parreirais das variedades bordô, francesa, isabel, niágara branca e rosa e goethe (casca dura).

Centro Serra

Na região Centro Serra, a Emater/RS-Ascar atua na organização dos produtores e na assistência técnica através de reuniões, visitas e demonstração de métodos nas propriedades. “A fruticultura vem sendo incentivada no município como forma de diversificação nas propriedades e alternativa de renda”, conta Emocir. As principais culturas com potencial de mercado são a videira, a laranja, o kiwi e a ameixa. “São culturas permanentes que deixam um bom valor econômico em relação à área que é ocupada”, diz o técnico.

Pinhal Grande
Aproveitando o clima seco, cerca de 100 produtores de Pinhal Grande, na Quarta Colônia de Imigração Italiana, estão em ritmo acelerado de colheita da uva nos cerca de 40 hectares cultivados no município. 

“Os cuidados vão desde a hora mais adequada do dia para fazer a colheita e o tipo de recipiente em que as uvas colhidas serão colocadas, até o grau de maturação correto e o controle sensorial que deve ser feito para saber se os frutos estão no ponto certo. Sem isso, toda a dedicação dos meses de cultivo pode ser comprometida e, por causa de detalhes, o produtor pode ter prejuízos no final das contas”, afirma o extensionista da Emater/RS-Ascar de Pinhal Grande, técnico em agropecuária Rodinei Carvalho dos Santos.

No município, porém, haverá uma redução na produção de aproximadamente 5%. “Houve acúmulo de práticas conservacionistas do solo que fizeram com que, na época de estiagem, as plantas não sentissem muito o estresse hídrico e, consequentemente, a produção deste ano não fosse afetada”, explica Rodinei. 

Para o produtor Felipe Giuliani, o tempo está colaborando nessa fase final da videira. “Estamos conseguindo colher a uva bem madura e, o mais importante, os frutos estão apresentando um bom teor de açúcar, o que é um ponto essencial para a fabricação de um bom vinho”, diz ele. Com 50% de uvas já colhidas, o parreiral da família ocupa uma área de 4 hectares em Pinhal Grande, com as variedades niágara, francesa, bordô e goethe (casca dura).

FONTE: www.agrolink.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Centro-Serra desponta na produção de uvas
Gorete Feck trabalha desde 2006 na colheita dos parreirais
A Associação dos Vitivinicultores do Centro-Serra (Avitis), em parceria com a Emater/RS-Ascar, Cooperativa Vinícola Serrana e Prefeitura de Passa Sete, realiza no dia 1º de fevereiro a Abertura Oficial da 5ª Colheita da Uva Centro-Serra. A proposta é valorizar a produção de uvas e vinhos dos agricultores integrados e divulgar as potencialidades vitiviníferas da região. A programação acontece a partir das 17 horas, nos vinhedos de João Francisco Calheiro, em Campo de Sobradinho, interior de Passa Sete.
Segundo o presidente da Avitis, Elson Busato, o potencial produtivo do Centro-Serra está em evidência e cresce a cada safra. “Nosso clima é melhor do que o da Serra Gaúcha para produção de uvas”, explica. O grau Brix das frutas, que indica a quantidade aproximada de açucares, é tido como um dos melhores do Rio Grande do Sul. Atualmente 16 famílias de Arroio do Tigre, Ibarama, Sobradinho e Passa Sete são associadas à entidade, que conta com o suporte das secretarias de Agricultura dos municípios, Emater/RS-Ascar, Sebrae, Senar e Embrapa.
Com cursos, dias de campo e assistência técnica especializada os vitivinicultores transformam seu modo de produção, desde os pomares até a fabricação artesanal dos vinhos e sucos nas cantinas. “Por meio da Avitis os associados têm a chance de se profissionalizar e de melhorar os resultados nas propriedades”, comenta. A associação existe desde 2001 e integra famílias com propriedades de até 4 hectares. “Somos um grupo de pequenos produtores que utiliza basicamente mão de obra familiar nos parreirais.”
Durante o período de colheita da uva, a Avitis ainda garante vagas de emprego para safreiros, que aproveitam a demanda de trabalho nas propriedades para garantir uma renda extra. A empregada doméstica Gorete Feck, de 36 anos, não descansa durante as férias. Desde 2006, ela utiliza o mês de fevereiro para trabalhar na ceifa das frutas. A disposição de Gorete, mãe de três filhos, garante aproximadamente R$ 50,00 por dia. “É um trabalho produtivo, mas que depende de prática, já que os parreirais são diferentes em cada propriedade”, diz.
SAIBA MAIS
O que: Abertura Oficial da 5ª Colheita da Uva Centro-Serra
Quando: dia 1º de fevereiro, às 17 horas
Onde: propriedade de João Francisco Calheiro, em Campo de Sobradinho, município de Passa Sete
Programação: visitação ao parreiral; apresentações culturais e degustação de produtos coloniais
Produção nos pomares
Os integrantes da Associação dos Vitivinicultores do Centro-Serra (Avitis) produzem uvas das variedades bordô, niágara branca e rosa, isabel, francesa e pinot noir. Alguns associados investem no cultivo de variedades viníferas, como cabernet, merlot e uvas finas brancas. A produção anual média é de 10 toneladas por hectare, podendo superar as 15 toneladas em algumas safras. Na atual colheita, em razão do estresse das plantas com a estiagem do ciclo anterior e das geadas registradas em outubro, a projeção é de uma quebra superior a 20%.
FONTE: www.gaz.com.br

sábado, 19 de janeiro de 2013

Tempo quente e seco antecipa parte da safra de uva 2013

Por *Pesq. José Eduardo B. A. Monteiro
       Pesq. Henrique P. dos Santos
Pela terceira safra consecutiva estamos passando por um período relativamente seco, com ocorrência de chuvas em quantidade abaixo da Normal Climatológica (média que considera o período 1961 a 1990).
Na safra 2010/11, os meses de outubro, novembro e dezembro apresentaram totais de chuva menores que o normal, o que atenuou a ocorrência de doenças e facilitou a realização das práticas de manejo fitossanitário pelos agricultores. A situação mudou no final de janeiro, quando voltou a chover com regularidade e em maior quantidade. Com uma seca leve e condições ambientais desfavoráveis à ocorrência de doenças, a safra 2011 foi recorde, chegando à 709 mil toneladas de uvas no Estado do rio Grande do Sul.
Na safra 2011/12, situação parecida se repetiu, só que desta vez com maior intensidade. De outubro a março, todos os meses, exceto fevereiro, apresentaram chuva menor que a normal climatológica. Em novembro, mês mais seco, a chuva registrada na estação da EMBRAPA Uva e Vinho foi de 23 mm, enquanto que a média normal para o mês é de 140 mm. No início de dezembro houve relatos de morte de videiras em locais de solos rasos. A estimativa de perdas nessa safra, devido à seca e granizo, foi cerca de 20% em relação à safra 2010/11.

Na atual safra 2012/13, situação similar volta a ocorrer, com pouca chuva no início do ciclo. Novembro apresentou acumulado de 24 mm, concentrada nos últimos dias do mês. A ocorrência de poucas nuvens e ausência de chuvas favoreceu a predominância de dias com sol. Essa situação proporcionou, ao longo de nov. e início de dez., condições para ocorrência de dias progressivamente mais quentes e secos. Porém, o período seco findou com as chuvas que começaram a ocorrer a partir de meados de dezembro e se intensificaram no fim do mês.
As temperaturas médias de outubro, novembro e dezembro mantiveram-se acima da média normal. Esta condição determinou que algumas variedades precoces (como Vênus e Niágara), normalmente colhidas em dezembro, fossem colhidas mais cedo, conforme relatado por produtores da Serra Gaúcha. Isso ocorre porque, quanto maior a temperatura, maior é a taxa metabólica e o ritmo de desenvolvimento das videiras, e das plantas de uma maneira geral. Ou seja, todo o ciclo da planta se antecipa, favorecendo a precocidade da brotação, floração, frutificação e maturação. A predominância de dias com sol e secos também contribuiu por desfavorecer a ocorrência de doenças e diminuir a necessidade de aplicações de fungicidas contra doenças. Até o primeiro decêndio de dezembro, a incidência de míldio em parreirais de Bento Gonçalves tem se mantido abaixo da média. Por outro lado, constatou-se maior incidência de oídio, doença típica de regiões com clima seco e quente (ex.: nordeste do País). Como o controle do oídio exige tratamento distinto em comparação ao míldio, a identificação precoce da doença é uma etapa crucial para maior eficácia de controle.
Apesar da deficiência hídrica constatada no Estado do Rio Grande do Sul no mês de novembro, ainda não existe ameaça para a produtividade dos parreirais gaúchos. Em outubro, os solos estavam com elevados níveis de armazenamento hídrico. As chuvas naquele mês totalizaram 151 mm – valor próximo à normal de 156 mm. Assim, apesar da chuva em novembro ter sido aproximadamente a mesma que a de novembro de 2011, a deficiência hídrica na cultura da uva não foi tão intensa. Aliado a este fato, as chuvas ocorridas no segundo e terceiro decêndios de dezembro de 2012, interromperam a sequencia de dias em que a cultura encontrava-se com deficiência hídrica, e recuperaram parcialmente os níveis de armazenamento de água no solo.
No atual cenário, analisado até o fim de dezembro, não se pode estimar com precisão a perspectiva da safra 2013 para todas as cultivares de uva, mas já se pode estimar para um boa parte das delas. O período compreendido entre novembro e o início de janeiro é o mais importante para a definição do potencial produtivo, pois corresponde a fase de enchimento dos frutos. Dessa forma, o potencial produtivo já está praticamente garantido, pois mesmo que volte a ocorrer um período seco a partir de janeiro, neste momento os solos das regiões produtoras encontram-se em sua capacidade máxima de armazenamento.
De acordo com o prognóstico climático de consenso, elaborado em conjunto pelo Centro de Previsão e Estudos Climáticos (CPTEC) e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o trimestre de Janeiro, Fevereiro e Março deve apresentar um total de chuva acima da faixa normal no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nesse caso, a probabilidade de voltarmos a observar um período seco é muito pequena.
Nesse contexto, as condições ambientais observadas até o momento situam o potencial produtivo da safra atual em uma posição intermediária entre as safras 2011 e 2012. Nem tão favorável à produtividade quanto a de 2011, nem tão desfavorável quanto a de 2012. Dessa forma, salvo imprevistos com fenômenos meteorológicos adversos como o granizo de 2012, ou excesso de chuvas na maturação que levaria a perdas com doenças, é muito provável que a safra 2013 supere a safra 2012 em quantidade. 
 
Por fim, é sempre interessante lembrar que o total de uva produzida a cada ano não depende apenas das condições ambientais, mas também depende muito das decisões tomadas por cada produtor, sempre muito influenciadas pelas perspectivas de mercado e preço da uva. Várias ações de manejo realizadas ao longo do ciclo da cultura afetam a produtividade e qualidade da uva, tais como: adubação, poda, controle de pragas e doenças. O ambiente define o potencial de produção, enquanto o manejo da cultura, ou seja, as técnicas agronômicas empregadas, define o quanto desse potencial será aproveitado.

*Pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho.

Fonte: http://www.agrolink.com.br

Guatambu duplica safra de uvas

No último dia 10 de janeiro, a Guatambu deu a largada na colheita da safra 2013, com uvas Chardonnay, cultivadas em Dom Pedrito, na Campanha gaúcha. Esta semanaé a vez das uvas Pinot Noir e Gewürztraminer. As três variedades serão destinadas à elaboração de espumantes superiores, utilizando o método francês champenoise.
Até final de março, a Guatambu espera colher 100 toneladas de uva, entre brancas e tintas de oito variedades viníferas, o dobro do que o ano anterior, devido ao fato deste ano estarem entrando em produção 11 ha a mais de vinhedos. Conforme o diretor geral da empresa, valter José Pötter, a idea é aumentar gradativamente a produção da vinícola, acompanhando a produção dos vinhedos, até chegar a 170 mil garrafas anuais.
Conforme a engenheira agrônoma e enóloga Gabriela Pötter, uma das proprietárias e responsável técnica da vinícola, a qualidade das uvas está excelente, tanto em termos de equilíbrio entre açúcar e acidez, quanto em termos de composição de aromas e sanidade. Gabriela explica que esta safra supreendeu os enólogos pela antecipação da maturação em cerca de 20 dias, devido às altas temperaturas registradas na primavera e verão. “A brotação em agosto já foi antecipada devido ao calor, mas não imaginávamos que as uvas estariam prontas para serem colhidas antes da segunda quinzena de janeiro” – complementa.
Além disso, será no final do outono deste ano que a Guatambu inaugura a vinícola enoturística, na beira da BR 293, entre Dom Pedrito e Santana do Livramento. O prédio temático, inserido no contexto do pampa gaúcho, terá restaurante e salão de eventos, e, segundo os proprietários, já existem vários aniversários e casamentos agendados para o ano.

Produtores comemoram qualidade da safra de uva

O clima favorável, com chuva e umidade na medida certa, tem sido o grande aliado dos produtores de uvas do Estado, que nesta safra esperam repetir a excelência em qualidade verificada no período 2011/2012, considerada por especialistas como a melhor da história. "É possível que tenhamos novamente uvas acima da média e uma produção que ultrapassará os 600 milhões de quilos", calcula o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani.
Segundo o dirigente, mesmo com a possibilidade de quebra de 15% na safra, o volume colhido deve se manter semelhante ao do ano passado em função do incremento da área plantada, que em média aumenta 10% ao ano. Sobre a qualidade, a expectativa é de que se verifique alta concentração de açúcar nos frutos, assim como aromas e pigmentos equilibrados. O presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti, disse que os baixos índices pluviométricos possibilitaram que as frutas maturassem por longo período, sem correr o risco de apodrecer.
Entre as características que devem colocar as uvas dessa safra no topo do ranking da qualidade estão taninos mais macios, alta produção de açúcar, que ao se transformar em álcool produzirá vinhos bem estruturados. "As uvas podem apresentar tamanhos menores, com menos quantidade de água, mas alta concentração de compostos que favorecem sua qualidade", explicou Paviani. Além das viníferas, a qualidade acima da média também deve se verificar nas uvas de mesa e nas destinadas à produção de suco de uva.
O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Eduardo Monteiro afirmou que o clima quente possibilitou que muitas uvas precoces tivessem seu ciclo antecipado, o que permitiu que a colheita dos frutos fosse realizada três semanas antes do previsto. "Tivemos temperaturas médias bem altas no início de agosto, o que favoreceu a antecipação da safra. Os frutos já colhidos - Chardonnay e Pinot - apresentam ótima situação sanitária, com baixas perdas por fungos", disse Monteiro. O especialista afirmou que as uvas da safra 2013 devem ser de qualidade acima da média, pelo baixo índice de chuvas. As cultivares de ciclo mediano, cuja colheita ocorre em fevereiro, também devem confirmar a expectativa, especialmente a variedade Merlot. Sobre as uvas tardias, como a Cabernet Sauvignon, a serem colhidas em março, Monteiro disse ser cedo para avaliar a qualidade.
Além da qualidade, outra boa nova para a safra 2013 se refere à possibilidade de os produtores receberem um plus nos preços mínimos das uvas, conforme a qualidade dos frutos. Paviani explica que a Conab estabeleceu uma nova modalidade de cálculo para pagamento dos produtores: quanto melhor a qualidade do fruto, melhor a remuneração. Ficou definido que para cada grau babo - o qual determina o teor de açúcar na fruta - acima dos 14 graus das uvas brancas, 15 graus para variedades americanas e a partir de 16 graus para as viníferas, o produtor receberá um ágio de 7,5% para cada grau. Da mesma forma, serão aplicados deságios em igual proporção.
"O preço mínimo ficou estabelecido em R$ 0,57 o quilo do produto, mesmo valor da safra anterior", informou Paviani. Para o dirigente, os incentivos são importantes para motivar os produtores a incrementar ainda mais os cuidados na condução das parreiras, relativos à poda e adubação.
A intenção da Conab é fazer com que, para o próximo ano, o ágio passe para 10%.
A Cooperativa Vinícola Nova Aliança lança, nesta sexta-feira, a pedra fundamental de sua nova planta no município de Flores de Cunha. A unidade terá capacidade para processar 28 mil toneladas de uva por safra.
O empreendimento é resultado de um processo de fusão que uniu cinco cooperativas da Serra Gaúcha: Aliança e São Victor (de Caxias do Sul), Linha Jacinto (de Farroupilha) e Santo Antônio e São Pedro (de Flores da Cunha). O investimento é de R$ 83,4 milhões, sendo R$ 55 milhões financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e R$ 28,4 milhões pelo Banrisul. Além do crédito, o governo do Estado também apoiou o projeto com a extensão dos incentivos fiscais do Fundopem às cooperativas de produção agropecuária. Pelo enquadramento prévio, a Nova Aliança deve receber incentivos de 100% sobre o ICMS incremental, com abatimento de 55% no valor nas parcelas do Fundopem pelo Integrar/RS. O governador Tarso Genro, o chefe de gabinete do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Gerson Ben, e o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, participam do ato.