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sexta-feira, 15 de março de 2013


Mercado livre de arroz sente a pressão da safra gaúcha


Mercado livre de arroz sente a pressão da safra gaúcha
 
Expectativa de oferta e arroz a depósito – além das importações mantidas acima das exportações nos últimos seis meses – fazem os preços ao produtor caírem significativamente no RS. E levar junto os preços do restante do Brasil

Os preços referenciais ao produtor de arroz no Rio Grande do Sul caíram com força nos últimos 10 dias, na medida em que a colheita já supera o primeiro quarto de área colhida e prevendo superar os 65% até o final de março. A expectativa natural de alta da oferta do arroz colhido, já que boa parte dos produtores não têm armazéns suficientes para guardar o grão, e entrega de arroz a depósito nas cooperativas e indústrias, ajudam a pressionar os preços.

Ao mesmo tempo, a semana apresentou dois indicadores negativos. O primeiro é o de que há seis meses o Brasil vem exportando volume de arroz menor do que importa. O segundo é ainda mais grave: há sérios problemas com a logística no Porto de Rio Grande para a exportação de arroz, uma vez que os espaços estão sendo limpos para receber a ótima safra de soja – e também milho - que começa a ser colhida no Rio Grande do Sul. Nesta disputa o arroz perde feio.

O Indicador de Preços do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) vem mantendo uma posição mais cautelosa e cotações significativamente acima do que apresenta o mercado livre. Nesta quinta-feira, 14 de março, indicou valor referencial de R$ 31,73 para a saca de 50kg de arroz em casca (58x10) entregue na indústria, com preços à vista), mas os produtores já não alcançam este patamar há duas semanas.

A média, mesmo nos polos industriais como Camaquã, Pelotas, Uruguaiana e Itaqui, não passa de R$ 31,25. Nas demais praças, exceto o Litoral Norte e São Borja, onde há uma cotação diferenciada para as variedades nobres, a média de preços (livre ao produtor) varia entre R$ 28,00 e R$ 29,00, com forte pressão baixista. A indústria se recolheu deixando de comprar, ciente de que o arroz a depósito vai encher boa parte de seus armazéns. O setor já trabalha com uma expectativa de “piso” na faixa de R$ 27,00 a R$ 28,00 no pico de colheita. A comercialização em torno de R$ 30,00 – referência atual de preços – ainda fica em torno de 20% acima da última safra.

Com base na sua fórmula de cálculo, o indicador dos preços de arroz do Cepea/Esalq indica uma desvalorização de 3,08% no grão nos primeiros 14 dias de março. No mercado livre, a perda é significativamente maior, em torno de 5%. Ainda segundo o indicador oficial contratado pelos principais órgãos setoriais do Rio Grande do Sul, em dólar o arroz brasileiro chegou à menor cotação do ano, US$ 16,05, conforme a referência cambial desta quinta-feira. Esta baixa mais significativa tem um fator positivo: há maior competitividade para o produto interno nas vendas externas, mas sem armazéns para estocar o arroz no porto, não há exportações significativas e os analistas já consideram que este será um ano em que devem prevalecer os embarques de quebrados de arroz.

SAFRA

As safras gaúcha e catarinense seguem avançando. Em Santa Catarina estima-se que 50% da lavoura está colhida, enquanto no Rio Grande do Sul, a Emater/RS indica 21% e relativo atraso em relação à temporada passada, quando na mesma época 26% das lavouras estavam colhidas. Os produtores reclamam dos danos causados tanto pela doença brusone quanto pelo frio em momentos críticos da cultura, como a floração.

O frio persiste e dá às lavouras uma coloração alaranjada, além de gerar leve atraso no processo de maturação. A grande oscilação entre as temperaturas diurnas e noturnas no Rio Grande do Sul também está provocando significativas perdas pela “trinca do grão”, ou seja, os grãos quebram ainda no cacho, o que pode comprometer a qualidade geral da safra. Na última semana o Banco do Brasil viu aumentar a demanda por Empréstimos do Governo Federal (EGFs) e pré-comercialização.

SETORIAL

Nesta semana, a Federarroz divulgou duas notas preocupantes. Em primeiro lugar, uma Carta Aberta em Apoio ao Ministro Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, cuja sustentação partidária parece enfraquecer no governo federal. Comenta-se, em Brasília – DF, que o ministro pode ser substituído em uma reforma ministerial a ser promovida pela presidente Dilma Rousseff, que é candidata à reeleição. Ao mesmo tempo, o ministro encontra-se em tratamento de saúde que vem exigindo um grande esforço para manter-se à frente do MAPA. Mas, seu trabalho é reconhecido como fundamental para o setor arrozeiro. A Federarroz encaminhou carta à presidente da República solicitando a permanência do ministro e consolidando seu apoio à Mendes Ribeiro Filho.

Outro fator preocupante, com impacto direto no volume de comercialização no pós-safra, foi o anúncio de que os bancos privados, entre eles o Banrisul e o Sicredi, não estão aceitando a renegociação das dívidas dos arrozeiros, conforme a proposta apresentada pelo governo federal no ano passado. Apenas o Banco do Brasil está realizando as renegociações. O tema foi alvo de denúncia da Federarroz ao MAPA na última segunda-feira. Estima-se que entre 35% e 40% dos produtores endividados sejam clientes dos nove bancos privados que constam na relação da Federarroz, entre eles, alguns bancos de fábrica.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, manteve esta semana os indicativos de preços médios, o que deve exigir correção – para baixo – nos próximos dias: R$ 32,00 para a saca de arroz de 50 quilos (58x10), em casca, no Rio Grande do Sul, e, para o grão beneficiado, em sacas de 60 quilos, a referência é de R$ 67,00 (FOB/RS). O canjicão se mantém cotado a R$ 36,50 (60kg/FOB) e, também em sacas de 60 quilos (FOB) a quirera de arroz a R$ 34,00. O farelo de arroz (FOB/Arroio do Meio) manteve-se em R$ 370,00 a tonelada.

FONTE: www.agrolink.com.br

domingo, 10 de março de 2013


Governo eleva preço mínimo do trigo para R$ 531 por tonelada


Governo eleva preço mínimo do trigo para R$ 531 por tonelada
 
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, anunciou o lançamento da Política Agrícola Brasileira para Triticultura e Demais Culturas de Inverno na última sexta-feira, 8 de março, durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). Entre as novidades, foram revistos os valores de subvenção ao prêmio do seguro rural para as culturas de inverno e dos preço mínimo para o trigo em 5,99%, passando de R$ 501 para R$ 531 por tonelada.

De acordo com Mendes Ribeiro, as iniciativas para essas culturas foram antecipadas para que os produtores se programem para o plantio. As ações foram elaboradas pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa).

O Governo Federal garantiu R$ 90 milhões para subvencionar o prêmio do seguro rural para essas culturas. O valor é aproximadamente 50% superior ao disponibilizado em 2012. Para feijão, milho 2ª safra e trigo, o percentual de subvenção é de 70%, enquanto para aveia, canola, cevada, centeio, sorgo e triticale é de 60% - para amendoim e girassol, 40%. O limite é de R$ 96 mil por produtor.

Para as culturas plantadas na safra de inverno, já foram divulgadas 59 portarias relativas ao zoneamento agrícola, todas publicadas nos meses de outubro e dezembro de 2012.

Quanto à comercialização, foram disponibilizados R$ 430 milhões para a garantia de preços mínimos por meio das modalidades de Aquisição do Governo Federal (AGF) e pelos leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

- Houve elevação dos preços mínimos para as diferentes classes e tipos de trigo. Tivemos aumento do preço do triticale em 5,96% e manutenção dos preços mínimos fixados para a safra 2012 para aveia, canola, cevada, girassol e sementes - destacou o ministro Mendes Ribeiro.

Relativo ao crédito, o limite por produtor passou de R$ 650 mil para R$ 800 mil. Também foram disponibilizados R$ 28,3 bilhões no período 2012/13 para programas das modalidades de investimento, alta de 5% em relação à safra anterior. As taxas de juros também foram reduzidas em 18,5%.

FONTE: www.agrolink.com.br

Preços do arroz em casca seguem em queda


Preços do arroz em casca seguem em queda

Na mesma proporção em que avança a colheita de arroz no Rio Grande do Sul, que já chega a 15%, segundo a Emater/RS, com mais 34% da lavoura pronta para ser colhida, os preços de mercado da saca do grão em casca seguem em queda, por conta da maior disponibilidade para comercialização. No acumulado de fevereiro, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) caiu 4,7%. As primeiras lavouras colhidas apresentaram, principalmente nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, grãos falhados por conta de baixas temperaturas noturnas na fase de floração, ainda assim a produtividade está muito próxima da média gaúcha nos últimos cinco anos.

Na Depressão Central, o problema é a doença fúngica brusone, que causou danos ainda não contabilizados, mas visíveis, em muitas lavouras. As lavouras do tarde também estão enfrentando problemas com o frio noturno da segunda quinzena de fevereiro e início de março. Nota-se, em geral, uma cor “laranja-avermelhada” nas lavouras que estão chegando ao ponto de colheita.

Os produtores que colheram no cedo – até 8 ou 10% da área colhida no RS – ainda conseguiram boa negociação pelo arroz, com preços médios de R$ 34,00 colocado na cooperativa ou indústria, o que cobre o custo médio de R$ 30,00 e permite o giro do capital e o pagamento de contas mais urgentes. Quem plantou soja na época correta e está confirmando uma boa colheita, também deve ampliar a renda, pois há contratos antecipados de venda remunerando na faixa de R$ 60,00 a R$ 63,00 nas indústrias e cooperativas da Depressão Central. Isso permite jogar a comercialização do arroz para depois de julho. A liberação de EGFs e custeio de pré-comercialização também são mecanismos importantes neste momento para não deixar que os preços do arroz desvalorizem excessivamente.

Nesta quinta-feira, dia 7 de março, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) registrou preço médio de R$ 32,20 no RS, com desvalorização de 1,65%. O valor, pelo câmbio do dia, equivale a 16,42 dólares, o mais baixo do ano. No Litoral Norte gaúcho, as cotações para as variedades nobres (64x6) ficam entre R$ 35,00 e R$ 36,00 e na região de São Borja, entre R$ 33,00 e R$ 34,00 para o a saca acima de 60% de grãos inteiros.

A expectativa do setor é de que os preços ainda caiam mais, até o piso de R$ 30,00 no “grosso” da safra, na segunda quinzena de março e início de abril, mas ensaie uma recuperação a partir do final de maio. Há muito ainda o que ficar claro nesta colheita, como por exemplo o nível de quebra provocada pelo frio no RS e em Santa Catarina, e os casos de brusone ou danos por fenômenos meteorológicos.

As entidades arrozeiras estão recomendando que os produtores procurem negociar até maio/junho a soja e o milho, para quem os cultiva em sistema de rotação de culturas em várzea e terá uma colheita satisfatória, segurando o arroz para comercializar a partir de junho/julho, quando os preços devem estar melhores. Todavia, é preciso estar alerta. Exatamente neste período há o vencimento dos custeios e uma natural pressão de oferta que pode afetar, também, os preços.

SAFRA

O sexto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2012/13 de arroz indica produção de 12,050 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 3,9% sobre as 11,599 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2011/12. No quinto levantamento, eram esperadas 12,033 milhões de toneladas. A área plantada com arroz na temporada 2012/13 é estimada em 2,418 milhões de hectares, com pequena queda referente aos 2,426 milhões semeados na temporada passada. A produtividade das lavouras cresceu 4,2%, segundo a Conab, e foi estimada em 4,982 mil quilos por hectare.

Segundo o prognóstico da Conab, o Rio Grande do Sul, principal produtor nacional, terá uma safra de 8,026 milhões de toneladas, equivalendo a um avanço de 3,7%, colhidos em uma área de 1,066 milhão de hectares. A produção, portanto, aumentará 1,3%, com a expectativa de um rendimento de 7.525 quilos por hectare, ou 175 kg/ha a mais.

Em Santa Catarina, a Conab registra um recuou de 1,5%, totalizando de 1,061 milhão de toneladas colhida, que mantém este estado como segundo maior produtor nacional de arroz. O Maranhão passa pelo Mato Grosso e assume o posto de terceiro maior produtor brasileiro do cereal, com uma safra de 661,8 mil toneladas, quase 200 mil toneladas acima das 467,7 mil/t colhidas em 2011/12, quando a estiagem fez grandes estragos na produção estadual. O Mato Grosso será o quarto maior produtor de arroz, depois de já ter ocupado a segunda posição e ter sido considerado uma ameaça à hegemonia gaúcha. A valorização das culturas do milho e da soja, e a tecnologia para plantio direto em sucessão e rotação de culturas, determina essa nova realidade. 

COMERCIALIZAÇÃO

Já se pode ver filas de caminhões de arroz nos silos de indústrias e cooperativas gaúchas, o que indica que alguns produtores estão depositando ou comercializando seu cereal. Quem comercializou até o final de fevereiro, ainda conseguiu preços de até R$ 34,00 pela saca de arroz colocada na indústria. Depois disso os preços começaram a cair de forma mais acentuada. Alguns fatores preocupam e podem afetar negativamente o mercado. O primeiro deles é a disputa por espaço entre o arroz e a soja – que terá uma das melhores safras da história no Rio Grande do Sul, no Porto de Rio Grande.

Agentes de exportação estão reclamando das dificuldades de encontrar espaço para fechar contratos para os próximos meses pela indisponibilidade de espaço para o arroz, uma vez que a prioridade serão os volumosos embarques de soja para o exterior. Isso poderá afetar ao mercado interno, uma vez que o primeiro semestre, até em função dos preços menores e da maior oferta, é o grande momento das vendas externas do Brasil. E a exportação, atualmente, é fundamental para a recuperação e a estabilidade de preços internos no segundo semestre.

O Boletim do Copom, anunciado esta semana, mantendo a taxa básica de juros em 7,25%, também traz uma ameaça indireta ao arroz. O relatório indica uma possível elevação dos juros dentro de três meses, mediante o comportamento da inflação, principalmente dos alimentos. Ou seja, haverá pressão para manter os gêneros da cesta básica baratos nos próximos meses, o que indicar uma antecipação da entrada da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertando arroz de seus estoques, se os preços médios do mercado forem considerados acima do interesse do governo e ameaçarem, de alguma forma, as metas de inflação.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios de R$ 32,00 para a saca de arroz de 50 quilos (58x10), em casca, no Rio Grande do Sul, com queda de 1,5% na semana. Para o grão beneficiado, em sacas de 60 quilos, a referência são estáveis R$ 67,00 (FOB/RS). Os quebrados de arroz tiveram estável nos últimos 10 dias: o canjicão se mantém cotado a R$ 36,50 (60kg/FOB). Também em sacas de 60 quilos (FOB), a quirera de arroz é cotada a R$ 34,00 no Rio Grande do Sul, com preço estável, e o farelo de arroz (FOB/Arroio do Meio) manteve-se em R$ 370,00 a tonelada.

FONTE: www.agrolink.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Arroz: Aceleração da colheita reduz preços ao produtor

Semana foi de grande movimentação setorial e política, e preços continuam em queda natural devido à aproximação do pico de colheita no Brasil. Fevereiro acumula 5,24% de retração nas cotações


O mês de fevereiro vai chegando ao final com uma das mais fortes retrações de preços do ciclo 2012/13, acumulando até esta terça-feira (26/2) uma queda de 5,24%, segundo o indicador de preços do arroz em casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa, para o grão padrão 58x10, em sacas de 50 quilos. A cotação média neste dia foi de R$ 32,57, exatos 99 centavos abaixo da cotação média da segunda-feira (25/2). Em dólar, a cotação também é a mais baixa do ano, levando em consideração a taxa cambial do dia: US$ 16,42/50kg.

A desvalorização ocorre pela aceleração do processo de colheita no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina – também com reflexos do avanço da safra do Cone Sul. À medida que a colheita avança, mais aproxima-se o momento em que o arroz da nova safra será ofertado no mercado, pressionando os preços para baixo. Ou seja, a boa safra gaúcha - e o volume de oferta e depósito concentrado neste período - deve gerar um impacto ainda maior nos preços nas próximas semanas e, estima-se, pelo menos até o início de maio, período em que devem permanecer abaixo ou muito próximos do custo médio de produção.

Dois assuntos concentraram as atenções durante a 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, realizada em Restinga Sêca (RS), entre os dias 21 e 23 de fevereiro (quinta a sábado), últimos: o estabelecimento de cotas de importação e a necessidade de o Brasil manter as exportações, principalmente no primeiro semestre, para garantir bons preços no segundo semestre. O consultor de mercado, Tiago Sarmento Barata, destacou que a ideia inicial do estabelecimento de cotas no volume proposto – 800 mil toneladas em oito meses, a partir de julho – concentrará as importações e poderá ser um tiro pela culatra, impedindo as cotações internas de avançarem, entre outros problemas que a medida pode trazer. 

Além disso, frisou que a queda de preços no primeiro semestre – por causa do aumento da oferta - é justamente o que torna viável exportar grão brasileiro a preços competitivos e garante o ajustamento da oferta. Lembrou também que, apesar dos estoques mais baixos dos últimos anos, 2013 pode ter uma ação tão forte do governo federal ofertando arroz no mercado, quanto em 2012, como forma de conter uma alta mais substancial ao consumidor. O câmbio, com o Real mais fortalecido perante o dólar, também pode ser um complicador das exportações e fator de compra internacional pelo varejo e as indústrias. Entende que o Brasil deveria concentrar seu foco na redução de tributos para o produto nacional, custos de produção, burocracia e reduzir os gargalos portuários, como forma de ganhar competitividade. O governo federal acenou com redução de impostos para produtos da cesta básica, o que pode beneficiar o arroz.

Por outro lado, o momento é relativamente complexo para as exportações nacionais. Com uma ótima safra de soja anunciada, o Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades para escoar arroz. Um importante agente de mercado informava, na Abertura da Colheita, que poderia pagar no sábado passado até R$ 35,00 por saca (colocada no Porto de Rio Grande) pelo arroz, que estava buscando o produto, havia vendedores interessados no negócio, mas não há espaço para depositar o grão no porto, pois a prioridade é a soja. 

O Banco do Brasil também anunciou no final de semana recursos para pré-custeio, comercialização e Empréstimos do Governo Federal (EGFs). São linhas que poderão servir para alguns produtores rolarem compromissos deste início de colheita. O foco do setor produtivo, no momento, está direcionado para três ações: o estabelecimento de cotas de importação do Mercosul, a redução da carga tributária sobre o arroz - ao longo da cadeia produtiva – e seus insumos e a redução dos encargos, burocracia e custos para a exportação. A expectativa dos principais analistas do setor é de que os preços sigam em baixa nas regiões produtoras, com reflexos no restante do Brasil, pelo aumento gradativo da oferta do grão ou do volume depositado.

SAFRA

A colheita gaúcha deve alcançar 10% de área colhida até a próxima semana, quando as máquinas deverão acelerar o processo. As baixas temperaturas estão causando uma renda menor do a esperada neste início de colheita, com produtividades abaixo das 6 toneladas por hectare em áreas consideradas nobres. O frio provocou o abortamento das flores e afetou negativamente o enchimento de grãos.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios de R$ 33,50 para a saca de arroz de 50 quilos (58x10), em casca, no Rio Grande do Sul. Para o grão beneficiado, em sacas de 60 quilos, a referência é de R$ 67,00 (FOB/RS). Os quebrados de arroz tiveram comportamento diferenciado nos últimos 10 dias. O canjicão perdeu 50 centavos por saca, atualmente cotado a R$ 36,50 (60kg/FOB). Também em sacas de 60 quilos (FOB), a quirera de arroz é cotada a R$ 34,00 no Rio Grande do Sul, com preço estável. Já o farelo de arroz (FOB/Arroio do Meio), manteve-se em R$ 370,00 a tonelada.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Arroz/CEPEA: Chuvas dificultam colheita no RS

As chuvas frequentes em boa parte da semana passada dificultaram a colheita e também o transporte de arroz no Rio Grande do Sul, segundo pesquisadores do Cepea. Com as atividades de campo em ritmo mais lento, as negociações envolvendo o produto da nova safra também estiveram devagar. Agentes consultados pelo Cepea indicam que os estoques da safra anterior estão baixos, mas a nova temporada deve ser boa. Assim, os preços têm caído a cada semana. No acumulado de fevereiro, o Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58 grãos inteiros) apresenta queda de 2,36%.
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Preços animam arrozeiros na abertura da colheita


Preços animam arrozeiros na abertura da colheita
 
O momento positivo vivido pelos arrozeiros gaúchos, com a saca do cereal sendo comercializada a R$ 34,00, frente a um cenário de oferta e procura ajustadas, dará o tom da 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que se inicia hoje, em Restinga Sêca. Os estoques públicos em baixa e as exportações consolidadas contribuíram para aquecer os preços, que no mesmo período do ano passado não ultrapassavam os R$ 26,00 a saca de 50 quilos. "O cenário é promissor e de muito otimismo, especialmente após a renegociação das dívidas dos produtores", garantiu o presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira. 

Nesta edição, a diversificação de culturas em área de arroz será um dos temas centrais do evento, com foco no plantio de soja e de milho em terras planas. "Já contamos com 250 mil hectares de soja cultivados em áreas de arroz, o que representa 25% da área do cereal no Estado, e agora vamos investir no milho", disse Pereira. 

O gerente da divisão de pesquisa da Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha, Sérgio Gindri, afirma que o projeto de diversificação de culturas deve tomar ainda mais força neste ano, "ampliando a base produtiva da Metade Sul do Estado, com aumento da renda dos produtores baseado na sustentabilidade." De olho nessa tendência, o Irga irá apresentar uma nova cultivar de soja, adaptada a terras alagadas. "Trata-se de TecIrga 6070RR, criada em parceria com a CCGL Tecnologia, com alta tolerância ao excesso de água no solo, possibilitando aumento de produtividade a campo", destacou Gindri. Durante o evento, a nova tecnologia será apresentada em áreas experimentais, e seu lançamento oficial deve ocorrer ainda neste ano. "Estamos em fase de registro das sementes junto ao Ministério da Agricultura e multiplicação de sementes", disse. O Instituto também apresentará o sistema de manejo em Microcamalhão, com a aplicação da máquina plantadeira para cultivo de milho. Com ela, a drenagem das áreas orizícolas é facilitada, evitando o contado de sementes de sequeiro, como soja e milho com a umidade. "Por outro lado, se houver falta de água, é possível irrigar as áreas com a liberação de água dos mananciais", afirmou Gindri. 

Pereira também destacou que será realizado um amplo debate para incentivar os produtores a optarem por armazenar o cereal nas propriedades, decisão que confere maior liberdade na hora da comercialização. "O Irga vai apresentar um sistema de armazenagem baseado em silos metálicos que comportam de 500 a 150 mil sacos. Trata-se de uma tecnologia simples que pode ser adquirida através de linhas de financiamento governamentais", disse Pereira. 

Conforme o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a programação de 2013 contempla os principais temas conjunturais, político-setoriais, mercadológicos e tecnológicos da lavoura arrozeira. "Entre as novidades está a primeira vitrine tecnológica que abordará experimentos com arroz e soja", disse o dirigente. Ele destacou ainda o Fórum do Arroz, que abordará temas sobre diversificação e irrigação, painel sobre armazenagem e mercado do arroz em 2013/2014, tendo como destaque a palestra de Dwight Roberts, presidente da Associação dos Produtores de Arroz dos Estados Unidos, que abordará a produção naquele País, a organização dos produtores e fatores de competitividade para o mercado externo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Portaria com preço da uva será divulgada dia 22

Documento venceu no dia 31 de dezembro de 2012, nova portaria garantirá o preço mínimo da uva Isabel para os produtores

Na próxima sexta-feira, 22, estará em Bento Gonçalves o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller. 

Durante a visita, o secretário deverá anunciar a renovação da portaria interministerial que regulamenta os leilões de Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP), que regulamenta o preço da uva. Esta portaria venceu no dia 31 de dezembro de 2012. 
O deputado federal Jerônimo Goergen (PP) também visitará Bento junto com o secretário. De acordo com o parlamentar, o titular da Mapa já havia demonstrado o interesse em renovar a portaria: “fizemos uma reunião em Brasília onde estiveram várias lideranças do setor, e o assunto foi encaminhado ao Ministério”. 
O vice-prefeito de Bento, Mário Gabardo, participou da reunião em Brasília, e enfatizou a importância da portaria que estipula o preço: “com a medida os produtores tem uma garantia de que se o valor  de comercialização no mercado estiver realmente abaixo do preço estipulado pelo Governo, o Ministério da Agricultura agirá”, afirma.

Para este ano já está definido o preço mínimo da uva industrial, a uva Isabel, nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. O valor ficou em R$ 0,57/kg

A portaria que regulamenta os valores da uva está baseada na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). O documento está sendo finalizados por técnicos do Ministério da Fazenda (MF) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), e deve ser publicado nossos próximos dias. 
A portaria fica à disposição do setor vitivinícola, e pode ser utilizado sempre que o valor recebido for inferior ao estípulado pelo governo federal. 
Para o deputado Goergen o documento valoriza os produtores, mas também a cadeia produtiva da uva e do vinho, uma vez que os recursos serão aplicados diretamente no setor. 
A expectativa é de que sejam processadas 500 toneladas da uva Isabel no Rio Grande do Sul, o estado é responsável por aproximadamente 90% da produção nacional. 
A variedade da uva é utilizada para produção de sucos, vinhos e derivados.

FONTE: www.jornalsemanario.com.br

Primeira quinzena de fevereiro acumula perda de 1,5% nos preços ao rizicultor

Feriadão de Carnaval estagnou os negócios e início da safra cria clima de expectativa para o mercado. Preços caíram abaixo dos R$ 34,00 pela primeira vez em meses

O mercado de arroz no Brasil superou a primeira quinzena de fevereiro dentro do esperado, com leve queda nos preços praticados em razão do início da colheita no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, estados responsáveis por 75% da produção nacional, e com baixo volume de negócios por conta do feriadão de Carnaval e o período de férias escolares e profissionais. Depois de uma primeira semana em pequena elevação e algumas oscilações de humor, o mercado do arroz em casca estabeleceu os seus parâmetros em fevereiro direcionando-se para mais uma baixa. Ainda assim, vale lembrar que os prognósticos dos meses finais de 2012 eram para que em fevereiro a saca de arroz valesse entre R$ 28,00 e R$ 30,00. 

Em janeiro a queda do preço médio da saca do arroz em casca foi de 2,5%. Em janeiro, até o dia 15, o produto recuou 1,5%, segundo o Indicador de Preços do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&F Bovespa para o Rio Grande do Sul (à vista, em sacas de 50 quilos e padrão 58x10), que alcançou referência de R$ 33,84, na última sexta-feira (15/2). Em 17 dias, a saca de arroz desvalorizou 53 centavos. Pela cotação da sexta-feira, a saca de arroz equivalia a US$ 17,20. Vale lembrar que numa tentativa de conter a inflação, o governo brasileiro tem trabalhado por uma leve valorização da moeda nacional frente ao dólar, que fechou em US$ 1,00 = R$ 1,96. 

Essa valorização do Real preocupa a cadeia produtiva, pois torna o arroz brasileiro menos competitivo para as exportações e o mercado interno mais atraente para as importações. Ao mesmo tempo, os preços mais altos neste início de safra preocupam as tradings e indústrias, pois reduz o potencial de exportação do Brasil, que no balanço de oferta e demanda de 2013/14, são fundamentais para garantir preços remuneradores, principalmente no segundo semestre. De positivo, a disponibilidade de armazéns credenciados pela Conab para guardar parte da safra, já que boa parte dos estoques foi negociada em 2012.

Com o mercado nacional praticamente parado nos últimos 10 dias, as atenções do setor estão direcionadas à 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que começa na próxima quinta-feira em Restinga Sêca (RS) e termina no sábado. O evento deverá pautar as demandas do setor ao longo do ano. O primeiro tema, que deve garantir a polêmica do evento, é a eleição do estabelecimento de cotas de importação do Mercosul como prioridade dos arrozeiros gaúchos, já com o apoio do governo do Estado. O secretário estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, já se posicionou favorável à adoção de cotas de importação pelo Brasil, em razão do desequilíbrio de preços provocados aos produtores nacionais, e reforçará a demanda junto ao governo federal. A tendência é de que os produtores catarinenses reforcem o coro pelo estabelecimento de cotas de importação ou criação de mecanismos de equilíbrio aos preços internos e externos. A redução dos tributos incidentes sobre a cesta básica e a exportação também estão na mira dos produtores.

No mercado livre gaúcho, a semana começa com o grão cotado entre R$ 33,50 e R$ 34,00 na maioria das praças, de acordo com as características do produto negociado e de comercialização da região. Os analistas acreditam que a quinzena final de fevereiro apresentará redução das cotações, na medida em que o pico de safra se aproximar e aumentarem os volumes de arroz “a depósito” nas indústrias e cooperativas, e a necessidade de negociação de dívidas e quitação de débitos de safra pelos produtores. Uma oferta mais significativa deverá ocorrer em março. A Emater/RS projeta a colheita gaúcha em 2%, embora o setor já trabalhe com indicador maior, em torno de 5%, considerando o início de cultivo, excepcionalmente em 2012, nos primeiros dias de setembro.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS) apresenta preços referenciais de R$ 34,00 para a saca do arroz de 50 quilos, em casca (FOB), enquanto o grão beneficiado em sacas de 60 quilos se mantém em R$ 68,00. O canjicão (60kg/FOB) também manteve-se em R$ 37,00 e a quirera, R$ 34,00. O farelo de arroz (FOB – Arroio do Meio/RS) também estabilizou o preço em R$ 370,00.

FONTE: www.agrolink.com.br