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sexta-feira, 15 de março de 2013


Soja - Máquinas em campo no Rio Grande do Sul


Máquinas em campo no Rio Grande do Sul

A boa safra que está iniciando tem média de produtividade estimada em 45 sacas por hectare. Em duas semanas a colheita deve atingir o pico máximo de colheitadeiras nas lavouras
 
Não haverá uma super safra de soja em 2013, como setor do agronegócio gaúcho estava esperando. Mesmo com forte tendência de ficar abaixo das expectativas iniciais, os números de produtividades nas lavouras devem ser bons. Tecnicamente não há como formar quadro comparativo entre a produção do grão em 2012, com a estimativa atual das áreas cultivadas com a oleaginosa, em função da estiagem que destruiu boa parte das lavouras da safra passada. O clima de otimismo dentro das porteiras agrícolas, teve reflexo direto nos negócios firmados durante os cinco dias da Expodireto Cotrijal. Em um ano de frustração, a cifra superou a casa de um bilhão de reais em vendas. E não poderia ser diferente. Com a produtividade das lavouras, praticamente garantida, os negócios saltaram para mais de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o agrônomo do Escritório Regional da Emater-RS, de Passo Fundo, Cláudio Dóro, nos 4.538.202 hectares de área plantada, o Estado deve colher perto de 12 milhões de toneladas de soja. Segundo Dóro, os 71 municípios que compõe a região devem atingir uma produção final da oleaginosa neste ano de 2,4 milhões de toneladas, que correspondem a 20% do total previsto em produção do grão em todo o Rio Grande do Sul. A área cultivada em 2012 – que será colhida agora- ficou em 850 mil hectares, um acréscimo de 4% em relação à safra passada. 

Para o agrônomo, tudo está se encaminhando para uma média final de produtividade que ficará na casa das 45 sacas por hectare. “Tem aquele agricultor que vai colher 30 sacas, mas há também sojicultor que chegará nas 65 sacas por hectare”, saliente Dóro. Ele destaca o bom nível da tecnologia aplicada na formação das lavouras, apontado para o problema climático a redução que deverá haver na produtividade este ano, podendo alcançar até 20%. Com clima favorável do plantio até a colheita, a previsão era de uma média final acima das 50 sacas por hectare. 

Áreas já colhidas

Na região Norte do Estado, a estimativa é que a colheita da soja ainda não tenha atingido 1%, dos mais de 800 mil hectares plantados. As variedades super precoces e precoces devem voltar a serem retiradas das lavouras assim que a chuva permitir. Conforme Cláudio Dóro, 30% das lavouras já estão em fase de maturação. Os outros 70% encontram-se no processo de enchimento de grão. “Para estas áreas, as chuvas que caíram de sexta-feira até o meio da semana foram excelentes”, salientou. Até o final de março a colheita deve permanecer avançando de forma mais lenta. O pico da safra acontecerá na primeira semana de abril. A previsão é que as máquinas permaneçam nos campos até o final do próximo mês, quando a safra 2012/2013 deve se encerrar.

Faltou chuva por duas vezes

Os resultados nas lavouras este ano até poderiam ser mais positivos. O produtor investiu em tecnologia formando lavouras com alto poder de produtividade. Foram dois os momentos que acabaram assustando os sojicultores. Dias depois de ter dado início ao plantio, em outubro, faltou umidade no solo. No mês seguinte, novembro, por falta de chuvas as plantas acabaram sofrendo pela pouca umidade. Em janeiro, as áreas plantadas com variedades super precoces e precoces voltaram a sofrer por causa do clima adverso. No primeiro mês do ano, foram 22 dias sem precipitações pluviométricas, período em que áreas da oleaginosa estavam em processo de enchimento de grãos.
 
Soja tem bom preço

Um segundo fator positivo destacado por Cláudio Dóro está relacionado ao valor de mercado da oleaginosa. O preço que o sojicultor vem recebendo no período tem oscilado de R$ 56,00 a R$ 59,00 - é superior ao praticado no mesmo período do ano passado. Conforme o agrônomo, nesta mesma época do ano passado, o produtor estava comercializando soja por cerca de R$ 48,00 a saca. “Nesta diferença, temos uma variação positiva de mercado na casa dos 20%, índice considerável em ternos agregação de ganhos na atividade”, completou Dóro.

Produtor satisfeito com o resultado

O sojicultor Paulo van Lieshout está satisfeito com o resultado neste começo de safra. Nos pouco mais de 50 hectares colhidos, o destaque ficou para a média de 60 sacas de soja por hectare. “Estou confiante de que manterei a média no restante das lavouras que somam cerca de 570 hectares de planta”, disse o agricultor, que cultiva a oleaginosa nos municípios de Carazinho e Almirante Tamandaré do Sul. A lavoura colhida havia sido semeada durante a segunda quinzena de outubro, com variedade precoce. Lieshout confirma que os dois períodos de redução nos índices de chuvas, novembro do ano passado e janeiro deste, acabaram reduzindo a potencialidade produtiva das lavouras. “Pela tecnologia que apliquei nas lavouras, certamente estaria colhendo até 10 sacas de soja a mais por hectare”, comentou.

FONTE: www.agrolink.com.br

sábado, 19 de janeiro de 2013

Produtores comemoram qualidade da safra de uva

O clima favorável, com chuva e umidade na medida certa, tem sido o grande aliado dos produtores de uvas do Estado, que nesta safra esperam repetir a excelência em qualidade verificada no período 2011/2012, considerada por especialistas como a melhor da história. "É possível que tenhamos novamente uvas acima da média e uma produção que ultrapassará os 600 milhões de quilos", calcula o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani.
Segundo o dirigente, mesmo com a possibilidade de quebra de 15% na safra, o volume colhido deve se manter semelhante ao do ano passado em função do incremento da área plantada, que em média aumenta 10% ao ano. Sobre a qualidade, a expectativa é de que se verifique alta concentração de açúcar nos frutos, assim como aromas e pigmentos equilibrados. O presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Henrique Benedetti, disse que os baixos índices pluviométricos possibilitaram que as frutas maturassem por longo período, sem correr o risco de apodrecer.
Entre as características que devem colocar as uvas dessa safra no topo do ranking da qualidade estão taninos mais macios, alta produção de açúcar, que ao se transformar em álcool produzirá vinhos bem estruturados. "As uvas podem apresentar tamanhos menores, com menos quantidade de água, mas alta concentração de compostos que favorecem sua qualidade", explicou Paviani. Além das viníferas, a qualidade acima da média também deve se verificar nas uvas de mesa e nas destinadas à produção de suco de uva.
O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Eduardo Monteiro afirmou que o clima quente possibilitou que muitas uvas precoces tivessem seu ciclo antecipado, o que permitiu que a colheita dos frutos fosse realizada três semanas antes do previsto. "Tivemos temperaturas médias bem altas no início de agosto, o que favoreceu a antecipação da safra. Os frutos já colhidos - Chardonnay e Pinot - apresentam ótima situação sanitária, com baixas perdas por fungos", disse Monteiro. O especialista afirmou que as uvas da safra 2013 devem ser de qualidade acima da média, pelo baixo índice de chuvas. As cultivares de ciclo mediano, cuja colheita ocorre em fevereiro, também devem confirmar a expectativa, especialmente a variedade Merlot. Sobre as uvas tardias, como a Cabernet Sauvignon, a serem colhidas em março, Monteiro disse ser cedo para avaliar a qualidade.
Além da qualidade, outra boa nova para a safra 2013 se refere à possibilidade de os produtores receberem um plus nos preços mínimos das uvas, conforme a qualidade dos frutos. Paviani explica que a Conab estabeleceu uma nova modalidade de cálculo para pagamento dos produtores: quanto melhor a qualidade do fruto, melhor a remuneração. Ficou definido que para cada grau babo - o qual determina o teor de açúcar na fruta - acima dos 14 graus das uvas brancas, 15 graus para variedades americanas e a partir de 16 graus para as viníferas, o produtor receberá um ágio de 7,5% para cada grau. Da mesma forma, serão aplicados deságios em igual proporção.
"O preço mínimo ficou estabelecido em R$ 0,57 o quilo do produto, mesmo valor da safra anterior", informou Paviani. Para o dirigente, os incentivos são importantes para motivar os produtores a incrementar ainda mais os cuidados na condução das parreiras, relativos à poda e adubação.
A intenção da Conab é fazer com que, para o próximo ano, o ágio passe para 10%.
A Cooperativa Vinícola Nova Aliança lança, nesta sexta-feira, a pedra fundamental de sua nova planta no município de Flores de Cunha. A unidade terá capacidade para processar 28 mil toneladas de uva por safra.
O empreendimento é resultado de um processo de fusão que uniu cinco cooperativas da Serra Gaúcha: Aliança e São Victor (de Caxias do Sul), Linha Jacinto (de Farroupilha) e Santo Antônio e São Pedro (de Flores da Cunha). O investimento é de R$ 83,4 milhões, sendo R$ 55 milhões financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e R$ 28,4 milhões pelo Banrisul. Além do crédito, o governo do Estado também apoiou o projeto com a extensão dos incentivos fiscais do Fundopem às cooperativas de produção agropecuária. Pelo enquadramento prévio, a Nova Aliança deve receber incentivos de 100% sobre o ICMS incremental, com abatimento de 55% no valor nas parcelas do Fundopem pelo Integrar/RS. O governador Tarso Genro, o chefe de gabinete do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Gerson Ben, e o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, participam do ato.