sexta-feira, 15 de março de 2013


O PIB e a revolução na agricultura (O desafio da irrigação)


A queda de 1,8% do PIB gaúcho, provocada, principalmente, pela redução da atividade primária, estimada em 27,6%, evidencia, de forma inequívoca, a importância de protagonizarmos aqui no Rio Grande uma nova revolução a partir do setor primário. Em meados do século XX, a agricultura foi impactada pela Revolução Industrial iniciada no século anterior, que incorporou à agricultura elementos como mecanização, genética e fertilizantes. A chamada Revolução Verde fez crescer a produtividade e a produção de alimentos. Depois, nos anos 1990, veio a segunda revolução, com o Plantio Direto, associado à biotecnologia e à agricultura de precisão. A terceira grande mudança, registrada na última década no Brasil, foi a ampliação do crédito ao setor primário. Quando fui deputado federal, entre 2005 e 2010, lutávamos para obter R$ 16 bilhões para o Plano Safra. Hoje, temos mais de R$ 140 bilhões, com juros reduzidos, que no ano passado chegaram a 2,5%. Isso, associado ao empreendedorismo dos agricultores, fez a produção de grãos saltar de 100 milhões de toneladas para mais de 180 milhões.
 

O fraco desempenho da economia gaúcha, provocado pela estiagem da safra 2011/2012, que reduziu em cerca de 50% a produção da soja, por exemplo, é um alerta definitivo: precisamos efetivar a quarta grande onda de desenvolvimento do setor primário, centrada fundamentalmente na ampliação dos sistemas de irrigação. O Programa Mais Água, Mais Renda deu o pontapé inicial com a venda de aproximadamente 300 equipamentos na 35ª Expointer. Na Expodireto, houve a prospecção de vendas de 480 sistemas, suficientes para irrigar ao menos 17 mil ha. O debate que o programa tem despertado está vencendo a resistência cultural, um dos gargalos que impedem o avanço da irrigação. Levamos mais de 30 anos para irrigar pouco mais de 100 mil hectares das culturas de sequeiro. Hoje, com a agilização do licenciamento ambiental e com subvenção de até 30% do investimento, autorizada pelo governador Tarso Genro, nos animamos a projetar que, até o final de 2013, poderemos dobrar área irrigada. Temos gente, terra, sol e água, que cai em bom volume, mas mal distribuída. Temos que armazenar este bem para usá-lo na época em que as plantas mais precisam. E, para isso, há o apoio do governo do Estado, com o Mais Água, Mais Renda. A quarta revolução está em curso. 
FONTE: www.agrolink.com.br

Soja - Máquinas em campo no Rio Grande do Sul


Máquinas em campo no Rio Grande do Sul

A boa safra que está iniciando tem média de produtividade estimada em 45 sacas por hectare. Em duas semanas a colheita deve atingir o pico máximo de colheitadeiras nas lavouras
 
Não haverá uma super safra de soja em 2013, como setor do agronegócio gaúcho estava esperando. Mesmo com forte tendência de ficar abaixo das expectativas iniciais, os números de produtividades nas lavouras devem ser bons. Tecnicamente não há como formar quadro comparativo entre a produção do grão em 2012, com a estimativa atual das áreas cultivadas com a oleaginosa, em função da estiagem que destruiu boa parte das lavouras da safra passada. O clima de otimismo dentro das porteiras agrícolas, teve reflexo direto nos negócios firmados durante os cinco dias da Expodireto Cotrijal. Em um ano de frustração, a cifra superou a casa de um bilhão de reais em vendas. E não poderia ser diferente. Com a produtividade das lavouras, praticamente garantida, os negócios saltaram para mais de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o agrônomo do Escritório Regional da Emater-RS, de Passo Fundo, Cláudio Dóro, nos 4.538.202 hectares de área plantada, o Estado deve colher perto de 12 milhões de toneladas de soja. Segundo Dóro, os 71 municípios que compõe a região devem atingir uma produção final da oleaginosa neste ano de 2,4 milhões de toneladas, que correspondem a 20% do total previsto em produção do grão em todo o Rio Grande do Sul. A área cultivada em 2012 – que será colhida agora- ficou em 850 mil hectares, um acréscimo de 4% em relação à safra passada. 

Para o agrônomo, tudo está se encaminhando para uma média final de produtividade que ficará na casa das 45 sacas por hectare. “Tem aquele agricultor que vai colher 30 sacas, mas há também sojicultor que chegará nas 65 sacas por hectare”, saliente Dóro. Ele destaca o bom nível da tecnologia aplicada na formação das lavouras, apontado para o problema climático a redução que deverá haver na produtividade este ano, podendo alcançar até 20%. Com clima favorável do plantio até a colheita, a previsão era de uma média final acima das 50 sacas por hectare. 

Áreas já colhidas

Na região Norte do Estado, a estimativa é que a colheita da soja ainda não tenha atingido 1%, dos mais de 800 mil hectares plantados. As variedades super precoces e precoces devem voltar a serem retiradas das lavouras assim que a chuva permitir. Conforme Cláudio Dóro, 30% das lavouras já estão em fase de maturação. Os outros 70% encontram-se no processo de enchimento de grão. “Para estas áreas, as chuvas que caíram de sexta-feira até o meio da semana foram excelentes”, salientou. Até o final de março a colheita deve permanecer avançando de forma mais lenta. O pico da safra acontecerá na primeira semana de abril. A previsão é que as máquinas permaneçam nos campos até o final do próximo mês, quando a safra 2012/2013 deve se encerrar.

Faltou chuva por duas vezes

Os resultados nas lavouras este ano até poderiam ser mais positivos. O produtor investiu em tecnologia formando lavouras com alto poder de produtividade. Foram dois os momentos que acabaram assustando os sojicultores. Dias depois de ter dado início ao plantio, em outubro, faltou umidade no solo. No mês seguinte, novembro, por falta de chuvas as plantas acabaram sofrendo pela pouca umidade. Em janeiro, as áreas plantadas com variedades super precoces e precoces voltaram a sofrer por causa do clima adverso. No primeiro mês do ano, foram 22 dias sem precipitações pluviométricas, período em que áreas da oleaginosa estavam em processo de enchimento de grãos.
 
Soja tem bom preço

Um segundo fator positivo destacado por Cláudio Dóro está relacionado ao valor de mercado da oleaginosa. O preço que o sojicultor vem recebendo no período tem oscilado de R$ 56,00 a R$ 59,00 - é superior ao praticado no mesmo período do ano passado. Conforme o agrônomo, nesta mesma época do ano passado, o produtor estava comercializando soja por cerca de R$ 48,00 a saca. “Nesta diferença, temos uma variação positiva de mercado na casa dos 20%, índice considerável em ternos agregação de ganhos na atividade”, completou Dóro.

Produtor satisfeito com o resultado

O sojicultor Paulo van Lieshout está satisfeito com o resultado neste começo de safra. Nos pouco mais de 50 hectares colhidos, o destaque ficou para a média de 60 sacas de soja por hectare. “Estou confiante de que manterei a média no restante das lavouras que somam cerca de 570 hectares de planta”, disse o agricultor, que cultiva a oleaginosa nos municípios de Carazinho e Almirante Tamandaré do Sul. A lavoura colhida havia sido semeada durante a segunda quinzena de outubro, com variedade precoce. Lieshout confirma que os dois períodos de redução nos índices de chuvas, novembro do ano passado e janeiro deste, acabaram reduzindo a potencialidade produtiva das lavouras. “Pela tecnologia que apliquei nas lavouras, certamente estaria colhendo até 10 sacas de soja a mais por hectare”, comentou.

FONTE: www.agrolink.com.br

Mercado livre de arroz sente a pressão da safra gaúcha


Mercado livre de arroz sente a pressão da safra gaúcha
 
Expectativa de oferta e arroz a depósito – além das importações mantidas acima das exportações nos últimos seis meses – fazem os preços ao produtor caírem significativamente no RS. E levar junto os preços do restante do Brasil

Os preços referenciais ao produtor de arroz no Rio Grande do Sul caíram com força nos últimos 10 dias, na medida em que a colheita já supera o primeiro quarto de área colhida e prevendo superar os 65% até o final de março. A expectativa natural de alta da oferta do arroz colhido, já que boa parte dos produtores não têm armazéns suficientes para guardar o grão, e entrega de arroz a depósito nas cooperativas e indústrias, ajudam a pressionar os preços.

Ao mesmo tempo, a semana apresentou dois indicadores negativos. O primeiro é o de que há seis meses o Brasil vem exportando volume de arroz menor do que importa. O segundo é ainda mais grave: há sérios problemas com a logística no Porto de Rio Grande para a exportação de arroz, uma vez que os espaços estão sendo limpos para receber a ótima safra de soja – e também milho - que começa a ser colhida no Rio Grande do Sul. Nesta disputa o arroz perde feio.

O Indicador de Preços do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% de grãos inteiros) vem mantendo uma posição mais cautelosa e cotações significativamente acima do que apresenta o mercado livre. Nesta quinta-feira, 14 de março, indicou valor referencial de R$ 31,73 para a saca de 50kg de arroz em casca (58x10) entregue na indústria, com preços à vista), mas os produtores já não alcançam este patamar há duas semanas.

A média, mesmo nos polos industriais como Camaquã, Pelotas, Uruguaiana e Itaqui, não passa de R$ 31,25. Nas demais praças, exceto o Litoral Norte e São Borja, onde há uma cotação diferenciada para as variedades nobres, a média de preços (livre ao produtor) varia entre R$ 28,00 e R$ 29,00, com forte pressão baixista. A indústria se recolheu deixando de comprar, ciente de que o arroz a depósito vai encher boa parte de seus armazéns. O setor já trabalha com uma expectativa de “piso” na faixa de R$ 27,00 a R$ 28,00 no pico de colheita. A comercialização em torno de R$ 30,00 – referência atual de preços – ainda fica em torno de 20% acima da última safra.

Com base na sua fórmula de cálculo, o indicador dos preços de arroz do Cepea/Esalq indica uma desvalorização de 3,08% no grão nos primeiros 14 dias de março. No mercado livre, a perda é significativamente maior, em torno de 5%. Ainda segundo o indicador oficial contratado pelos principais órgãos setoriais do Rio Grande do Sul, em dólar o arroz brasileiro chegou à menor cotação do ano, US$ 16,05, conforme a referência cambial desta quinta-feira. Esta baixa mais significativa tem um fator positivo: há maior competitividade para o produto interno nas vendas externas, mas sem armazéns para estocar o arroz no porto, não há exportações significativas e os analistas já consideram que este será um ano em que devem prevalecer os embarques de quebrados de arroz.

SAFRA

As safras gaúcha e catarinense seguem avançando. Em Santa Catarina estima-se que 50% da lavoura está colhida, enquanto no Rio Grande do Sul, a Emater/RS indica 21% e relativo atraso em relação à temporada passada, quando na mesma época 26% das lavouras estavam colhidas. Os produtores reclamam dos danos causados tanto pela doença brusone quanto pelo frio em momentos críticos da cultura, como a floração.

O frio persiste e dá às lavouras uma coloração alaranjada, além de gerar leve atraso no processo de maturação. A grande oscilação entre as temperaturas diurnas e noturnas no Rio Grande do Sul também está provocando significativas perdas pela “trinca do grão”, ou seja, os grãos quebram ainda no cacho, o que pode comprometer a qualidade geral da safra. Na última semana o Banco do Brasil viu aumentar a demanda por Empréstimos do Governo Federal (EGFs) e pré-comercialização.

SETORIAL

Nesta semana, a Federarroz divulgou duas notas preocupantes. Em primeiro lugar, uma Carta Aberta em Apoio ao Ministro Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, cuja sustentação partidária parece enfraquecer no governo federal. Comenta-se, em Brasília – DF, que o ministro pode ser substituído em uma reforma ministerial a ser promovida pela presidente Dilma Rousseff, que é candidata à reeleição. Ao mesmo tempo, o ministro encontra-se em tratamento de saúde que vem exigindo um grande esforço para manter-se à frente do MAPA. Mas, seu trabalho é reconhecido como fundamental para o setor arrozeiro. A Federarroz encaminhou carta à presidente da República solicitando a permanência do ministro e consolidando seu apoio à Mendes Ribeiro Filho.

Outro fator preocupante, com impacto direto no volume de comercialização no pós-safra, foi o anúncio de que os bancos privados, entre eles o Banrisul e o Sicredi, não estão aceitando a renegociação das dívidas dos arrozeiros, conforme a proposta apresentada pelo governo federal no ano passado. Apenas o Banco do Brasil está realizando as renegociações. O tema foi alvo de denúncia da Federarroz ao MAPA na última segunda-feira. Estima-se que entre 35% e 40% dos produtores endividados sejam clientes dos nove bancos privados que constam na relação da Federarroz, entre eles, alguns bancos de fábrica.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, manteve esta semana os indicativos de preços médios, o que deve exigir correção – para baixo – nos próximos dias: R$ 32,00 para a saca de arroz de 50 quilos (58x10), em casca, no Rio Grande do Sul, e, para o grão beneficiado, em sacas de 60 quilos, a referência é de R$ 67,00 (FOB/RS). O canjicão se mantém cotado a R$ 36,50 (60kg/FOB) e, também em sacas de 60 quilos (FOB) a quirera de arroz a R$ 34,00. O farelo de arroz (FOB/Arroio do Meio) manteve-se em R$ 370,00 a tonelada.

FONTE: www.agrolink.com.br

Mês de março marca início da colheita de citros no Rio Grande do Sul

Mês de março marca início da colheita de citros no Rio Grande do Sul

É no mês de março que os citricultores gaúchos iniciam os trabalhos de colheita dos pomares, especialmente nas regiões mais quentes, como o Vale do Rio Caí. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nessa quinta-feira (14/03), a primeira fruta da nova safra colhida é a bergamota Okitsu, do grupo das Satsuma, de origem japonesa. O percentual colhido até o momento é de 15%. 

Além da colheita, os citricultores dedicam-se também, nesta época, ao raleio das frutinhas verdes, que consiste na retirada de parte das frutas verdes, no início do seu crescimento, permitindo com que as frutas que ficam na planta tenham desenvolvimento e qualidade superiores. “Esta prática é fundamental para conferir qualidade às bergamotas das variedades do grupo das comuns, como a Caí, Pareci e Montenegrina”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Ênio Ângelo Todeschini. 

As bergamotinhas verdes retiradas no raleio são comercializadas para indústrias localizadas no Vale do Caí e Bento Gonçalves, que realizam a extração do óleo da casca - utilizado na elaboração de perfumes, produtos de higiene e limpeza, além de alimentos e refrigerantes. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Derli Paulo Bonine, o óleo essencial extraído da bergamota é um produto único no mundo. 

O valor médio recebido pelos citricultores pela bergamotinha verde está, atualmente, em R$ 0,15/kg. O preço médio recebido pela fruta madura é de R$ 10,00 pela caixa com 25 kg, valor bem abaixo dos R$ 15,00 recebidos no ano passado. 

Juntamente com o raleio, os citricultores também aproveitam para fazer a poda verde, cujo objetivo é abrir a copa das árvores, permitindo a entrada de luz. Conforme Bonine, como as variedades de bergamota do grupo das comuns têm maturação escalonada, seu desenvolvimento também é diferente, sendo que a sequência do raleio segue a sequência da maturação, ou seja, variedades Caí, Pareci e Montenegrina, cujo raleio está em 95%, 80% e 20%, respectivamente. 

A lima ácida Tahiti - cuja colheita ocorre ininterruptamente, pois possui floração durante todo o ano – apresenta elevada produção, refletindo-se em igual oferta local. Somando-se à entrada da lima ácida de São Paulo no mercado, o efeito natural é a pressão dos preços para baixo, que estavam, no mês de janeiro, em R$ 30,00 para a caixa com 25 kg e, hoje, situam-se em R$ 10,00. 

CONFIRA o Informativo de 14/03/2013 da Emater-RS, na íntegra, com informações sobre as Lavouras temporárias de verão no link abaixo.


FONTE: www.agrolink.com.br

quinta-feira, 14 de março de 2013


Diversificação ganha força na região do Vale do Rio Pardo

Produtores de Vera Cruz apostaram na diversificação para agregar renda e sustentabilidade na propriedade

A diversificação nas pequenas propriedades, especialmente com base produtiva no tabaco, é incentivada como alternativa de lucro e sustentabilidade. No Vale do Rio Pardo, cada vez mais famílias rurais buscam ampliar o leque produtivo e apostam em culturas que se adaptam à realidade regional.
Em Vila Progresso, interior de Vera Cruz, o casal Flávio e Novani Stumm agrega opções à fumicultura. A inspiração para a produção de morangos e tomates foi colhida nas lavouras demonstrativas da Expoagro Afubra e gera frutos rentáveis para os agricultores.
O tabaco ainda é a principal fonte de renda na propriedade de 10,5 hectares, mas a cada safra perde espaço para o empreendedorismo dos Stumm. Com mais de 20 anos de vocação agrícola, o casal resolveu apostar inicialmente na produção de morangos. A primeira colheita aconteceu em 2008, um ano após o primeiro contato com a proposta. O investimento inicial de 2,5 mil mudas sobe a cada safra. Atualmente são 10 mil pés, de três variedades distintas, cultivados nos sistemas convencional e semi-hidropônico.
Segundo Stumm, a colheita acontece de agosto a fevereiro, com produtividade média de 320 gramas por pé. “Tudo depende do clima. Com as recentes chuvas, perdemos muitas frutas para o mofo na lavoura convencional”, explica. No entanto, o aperfeiçoamento a cada safra garante maior rentabilidade e mais confiança para ampliar os invenstimentos. O quilo da fruta é vendido entre R$ 6,00 e R$ 8,00, com fornecimento direto aos consumidores e também para a alimentação escolar e entidades assistenciais, através da Cooperativa de Alimentos Santa Cruz (Coopersanta).
Menos tabaco
Na propriedade rural de Flávio e Novani Stumm, a produção de tabaco ainda é o carro-chefe em termos de renda familiar. Entretanto, a cultura perde espaço a cada safra. Com a ampliação e reforço da produção de morangos e tomates, a família está menos dependente da fumicultura. A redução foi de 20 mil pés de tabaco nas últimas duas safras. E a proposta é diminuir ainda mais no próximo ano. No ciclo 2013/2014, a produção deve ser de 20 mil pés, ante os 70 mil pés plantados este ano.
FONTE: www.gaz.com.br


Ervateiros substituem áreas de mate por soja

A bebida mais tradicional entre os gaúchos tem sofrido aumento gradativamente. Segundo pesquisa divulgada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), o preço da erva-mate subiu 18%, em um ano, no Estado, sendo que desde janeiro deste ano esse aumento foi de 6% no valor do produto.
São muitos os fatores que influenciam o preço, sendo que o aumento na exportação e a valorização do grão de soja são apontados como os dois motivos principais, por um dos proprietários da ervateira Seiva Pura, José Humberto Bagetti.
"A maior parte da erva para o consumo vem de Paraná e Santa Catarina. Aqui na região, há anos os produtores vêm arrancando os pés de erva-mate, porque o retorno que gerava ao produtor não era muito satisfatório. Em contrapartida, melhorou o preço da soja, o que tonou mais viável optar por esta cultura, pela valorização do grão", explica Bagetti.
Segundo ele, esse aumento no preço do produto sofre influência direta da Lei da Oferta e da Procura. Além do RS importar erva-mate de outros Estados, a melhora no preço do dólar impulsionou a exportação do produto para outros países, inclusive com a abertura de novos mercados, como a Ásia e a China.
"O dólar melhorou e fez com que exportassem um pouco mais", disse Bagetti. "Os produtores da região se desmotivaram, quem segurou mais a produção de erva no Estado foi Ilópolis e Arvorezinha, onde pequenos produtores acreditaram nessa cultura."
Exemplo dessa realidade é a plantação de erva-mate do produtor ijuiense Noel Mathioni, que optou pela plantação de soja. Além disso, sua esposa conta que  atualmente eles vendem a erva-mate verde.
Bagetti diz que o preço da matéria-prima subiu mais de 30%. A indústria está segurando esse aumento, mas já adianta que o preço deve continuar subindo: "Em um ano, quase dobrou o preço da erva verde, que ano passado era de 7 arrobas, hoje passa de 15 arrobas", explica.
Mesmo com a alta no preço, a bebida não deve deixar de ser consumida: "Um chimarrão se torna mais barato do que um café ou um refrigerante."
FONTE: www.jmijui.com.br

Colheita do arroz avança na região de Pelotas, no sul do Estado

Em Rio Grande, 45% da área já foi colhida e produtividade média supera 8,8 mil kg por hectare
Em Rio Grande, 45% da área já foi colhida e produtividade média supera 8,8 mil kg por hectare
Paulo Rossi - DP
A colheita do arroz avança no Sul do Estado com bons índices de produtividade. Em Rio Grande, as máquinas já finalizaram a colheita em 45% da área semeada. A produtividade média no município é uma das mais altas da região: 8,8 mil quilos por hectare. 
Segundo o engenheiro agrônomo José Celso Basanesi, gerente da sede do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) em Rio Grande, a produtividade média chegou a ser de 9 mil quilos por hectare na semana passada. A expectativa é de que ao final da colheita o índice médio seja de 8,5 mil quilos.
“A colheita começou com uma produtividade média alta porque uma granja responsável por 30% do arroz do município iniciou a colheita por áreas de maior produtividade. Com o andamento do trabalho, o índice vai baixando”, explica.
Na região de Pelotas, que abrange também municípios como Capão do Leão, Turuçu, Pedro Osório e Cerrito, o Irga estima que cerca de 20% da área já tenha sido colhida. O tempo tem feito com que os produtores acelerem o ritmo para escapar da chuva.
Boa remuneração
O preço também está atrativo ao produtor. Em março do ano passado, segundo a Emater, a saca de 50 kg estava sendo comercializada ao preço médio de R$ 28,00. Um ano depois, o valor médio registrado no Estado é de R$ 32,43. O aumento é reflexo das políticas de compra e venda de grãos pelo governo federal, que regulam os estoques nacionais.
“O preço do arroz está bom e a tendência é de que se mantenha assim. Tradicionalmente na entrada da safra a tendência é o valor baixar, mas este ano, com 15% da colheita atingida no Estado, os preços seguem firmes, o que é um bom indicativo para o mercado”, avalia o engenheiro agrônomo e coordenador da Regional Zona Sul do Irga, André Oliveira.
FONTE: www.diariopopular.com.br

quarta-feira, 13 de março de 2013


Chuvas de março contribuem para boa produtividade de soja e milho na região de Erechim

As chuvas registradas nos 12 primeiros dias de março, na região de abrangência do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim (32 municípios de Amau) ficaram, em média, 100 mm. O clima foi benéfico para as lavouras, melhorando as condições da cultura da soja, embora não recupere os prejuízos já dimensionados. Devido as chuvas, a colheita do milho foi interrompida nesta semana, segundo informativo conjuntural do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Erechim. De acordo com o assistente técnico regional, Paulo Silva, a área cultivada com milho na safra 2012/2013, estimada em 70.727,76 hectares, é 9,14 % inferior à safra 2011/2012. A produtividade esperada atualmente é de 5.697,38 kg/ha, 12,96% inferior a expectativa inicial de produtividade que era 6.545,59 kg/ha. A qualidade das lavouras varia bastante entre os municípios e dentro do próprio município. As lavouras de milho estão com 65% da área cultivada colhida, 33% maduro e por colher e 2% em floração.
Já a área de cultivo com a soja safra 2012/2013, com área estimada em 206 mil hectares na região dos 32 municípios, apresenta um aumento de 3,83% superior em relação à área cultivada na safra 2011/12. Atualmente a expectativa de produtividade está em 2.750,22 kg/ha, 38,48% superior a média regional alcançada na última safra, mas já apresenta uma redução 10,08% com relação a expectativa inicial de produtividade que era de 3.058,47 kg/ha. Os preços, durante a semana, se mantiveram estáveis em torno de R$ 56,50, no valor pago no balcão. As lavouras de soja estão com 95% em fase de enchimento de grãos, 4% maduro para colheita e 1% colhido.

FONTE: www.jornalboavista.com.br

Chuvas de fevereiro salvam a lavoura no Alto Uruguai


Chuvas de fevereiro salvam a lavoura
As culturas do milho e da soja deste ano, após enfrentarem momentos de incertezas quanto à produtividade, deverão dar aos agricultores do Alto Uruguai, colheitas satisfatórias com o retorno das chuvas.
Ambas as culturas deverão bater recordes, tanto no Brasil como no Rio Grande do Sul.
Em relação a cultura da soja, novembro foi um mês deficiente de chuvas em alguns locais da região, principalmente próximos ao Rio Uruguai, diferente do oeste do Alto Uruguai, com níveis satisfatórios de precipitações. Já em dezembro, as chuvas foram abundantes e generalizadas, o que contribuiu significativamente para a germinação das plantas e janeiro com chuvas deficientes nestas nestes mesmos locais, mas amenizados com o retorno generalizado das chuvas em fevereiro.
De acordo com o gerente Técnico e Comercial da Cotrel, Nilso Antoniazzi, este panorama forma duas situações em relação a produtividade destas lavouras, uma delas com poucos prejuízos e a outra com maiores danos. Segundo ele, não há ainda como estimar um percentual de perdas, conforme as expectativas de produtividade de cada agricultor neste momento de início da colheita, necessitando seu avanço proporcional pela particularidade de cada lavoura, como a tecnologia aplicada, a época da semeadura, investimentos e o próprio ciclo de cultivo. Ele destaca que, com o retorno das chuvas de fevereiro, momento ainda importante para o enchimento dos grãos, a maioria das lavouras teve uma recuperação expressiva, o que poderá resultar em uma produtividade excepcional da cultivare, com perdas bem abaixo do esperado.
Com uma área de 152 mil hectares plantados, a soja na região deverá proporcionar o dobro da lucratividade alcançada no ano passado.
O Brasil deverá colher uma das melhores safras de soja dos últimos tempos, superando os 83 milhões de toneladas de grãos, com o Rio Grande do Sul também passando dos 12 milhões de toneladas, diferente dos menos de 7 milhões colhidos na safra passada.
A questão da colheita do milho, segundo Antoniazzi, vem avançando satisfatoriamente, levando em consideração os mesmos problemas localizados de chuvas, com lavouras mais e menos prejudicadas, principalmente quando da geada de setembro que proporcionou uma perda significativa em algumas lavouras, com expectativa de colheita variando de 40 sacas por hectare a 180, ou até mesmo 190 sacas por hectare, com prejuízos enormes em algumas situações até safras excelentes, o que demonstra uma redução muito maior na safra de milho do que a do soja, que mesmo no início da colheita na região, já demonstra que aqui também teremos uma das maiores safras do cereal da história.
As chuvas do último final de semana, com uma média de 48 milímetros registradas na região não comprometem a colheita, principalmente da soja. Entretanto, se permanecer com índices altos de precipitações, como o esperado para hoje em toda a região, poderá acarretar preocupação, principalmente em termos de qualidade pelo excesso de umidade de grãos, mas nada que possa oferecer prejuízos significativos às lavouras.
FONTE: www.jornalbomdia.com.br
Agricultor colhe 150 sacas de milho por hectare com a irrigação
 
Crédito Especial: agricultor colhe 150  sacas de milho por hectare com a irrigação
Com a irrigação, pés de milho cresceram mais que Nestor Prado e Diomar Formenton
 
Depois do sofrimento pelas perdas com a estiagem de sete meses em 2012, alguns agricultores de Santo Ângelo conseguiram uma ajuda do Governo Federal e já estão conseguindo recuperar os prejuízos.
Segundo o técnico agrícola da Emater, Diomar Lino Formenton, o Crédito Especial foi destinado aos Estados atingidos pela seca do ano passado. Para o município de Santo Ângelo o montante foi de R$ 1.492,772,99, destinados a 170 famílias que investiram principalmente na produção leiteira, significando 90% dos recursos.
As famílias investiram em correção de solo (pastagem), equipamentos como ordenhadeiras, resfriadores, vacas leiteiras, transferidor de leite, construção de salas de ordenha e irrigação para pastagem ou lavouras de milho.
O agricultor Nestor do Prado, da localidade de Atafona, foi um dos prejudicados com a estiagem e investiu o crédito especial, no valor de R$ 10 mil, em irrigação da propriedade, sendo R$ 8.222,00 em equipamentos de irrigação e o restante em adubo. Neste primeiro ano de utilização do sistema, ele irrigou três hectares de soja e um hectare de milho.
O resultado está sendo comemorado. “A média de produtividade antes da irrigação era de 60 sacas de milho por hectare. Agora já estamos colhendo 150 sacas por hectare. O produto se desenvolve com mais qualidade”, afirma Prado.