terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


Sinal amarelo: Produtor em alerta
Os produtores estão preocupados com o futuro das lavouras, pois a falta de umidade está coincidindo com o período de maior necessidade de água pela planta. Período é propicio ao aparecimento de oidio que já vem afetando algumas lavouras.

A principal cultura que estampa as lavouras do sul e do Brasil, a soja, vinha apresentando um bom desenvolvimento e trazia boas perspectivas para mais uma safra recorde. A cultura encontra-se 10% na fase de desenvolvimento vegetativo, 70% em floração, 15% em formação de vagens e 5% em enchimento dos grãos. A grande preocupação vem se mantendo no clima e os produtores dia a dia olham para o céu com a esperança de chuva, já que a falta de água está coincidindo com o período de maior necessidade da planta. Os tratos culturais foram suspensos neste período devido a baixa umidade relativa do ar e a falta de umidade está causando estresse nas plantas, nas horas mais quentes do dia as plantas murcham e viram as folhas.


Para o engenheiro agrônomo da Emter RS/Ascar, Cláudio Doro, a soja está em um período crítico, onde demanda mais água. “Existe essa necessidade hídrica e estamos com problemas devido a falta de umidade. Choveu bem em janeiro até o dia 09 e depois disso tivemos apenas 3,7mm de chuva em 20 dias” (matéria publicada em 01/02), explica ele. Doro comenta que as temperaturas noturnas ficam em 15ºC, mas que as diurnas chegam a 33ºC. “São de 13h a 14h de luz por dia, então a vapotranspiração é muito grande, por isso a soja está em um momento crítico que faz acender o sinal amarelo de alerta, pelo momento delicado”, avalia ele.



Doenças da soja
De acordo com Doro, em virtude do clima seco as doenças não evoluíram. “Temos na região 13 casos de ferrugem asiática. Ela não evolui porque não tem umidade e essa doença se desenvolve com o clima quente e úmido, precisando ter molhamento superficial de seis horas consecutivas, o que não tem acontecido”, avalia. Segundo ele, a ferrugem não é problema e os produtores já fazem aplicações preventivas na planta que está imunizada e não propaga doenças. 

Outra doença que afeta a cultura, conforme Doro é o oidio, um mofo branco que aparece nas folhas e se manifesta nesse clima seco que vivenciamos, abrindo portas para que outras doenças se instalem na planta. “Existem culturas mais suscetíveis a desenvolver a doença, dependendo da cultivar. O produtor tem que ficar atento e fazer a aplicação de fungicida no começo da manhã ou final da tarde, porque durante o dia para poder se proteger do sol a planta fecha os estômatos, se encolhe, murcha, vira as folha e isso dificulta a penetração do fungicida”, explica.



(Oidio, mofo branco que aparece nas folhas, é uma das doenças que afeta a soja no clima seco / FOTO DIVULGAÇÃO)

Déficit hídrico
Segundo o agrônomo, a grande preocupação é com a falta de chuva. “A deficiência hídrica é de 50mm menos do que a média. Se continuar, vai trazer prejuízos. O agricultor foi mal no ano passado com quebra pela seca e no trigo e cevada com a geada, foi um fracasso. Todas as fichas foram apostadas na soja, já que a geada de 26 de setembro pegou o milho”, destaca ele.

Conforme Doro, a soja precisa pagar o custo da lavoura, os investimentos, as dívidas anteriores de duas safras quebradas tanto a de verão como a de inverno do ano passado e, para ele, a falta de chuvas é preocupante. “O reflexo está na indústria, prestação de serviços e em todo o setor econômico que é afetado. Até o comércio sente queda nas vendas. Vamos torcer para que a agricultura vá bem, para girar a economia. Dentro da porteira, o agricultor investiu, o incontrolável é o clima que está prejudicando a cultura. Se chover, ainda podemos ter uma boa safra na região”, finaliza.



No campo
Conforme a técnica de Desenvolvimento de Mercado da BASF em Passo Fundo, Nara Morai, a cultura está na fase de florescimento, período em que a planta tem maios fragilidade no ataque de doenças. “No momento temos detectado a presença de oidio, devido a questão de clima e, também a presença de ferrugem da soja, duas doenças presentes nas lavouras, porém em algumas com mais e outras com menos intensidade, dependendo do manejo dos produto”, afirma ele, considerando que é mais usual a presença do oidio, no entanto alerta que a ferrugem preocupa mais. “Ela é mais agressiva e traz maiores prejuízos, porque não é possível visualizar e, quando aparece, o dano já é grande. Já o oidio tem um controle mais fácil”, comenta.



(Digilab auxilia na identificação dos sintomas das principais doenças, pragas e plantas daninhas / FOTO DIVULGAÇÃO)

Tratamento completo
Segundo ela, a BASF trabalha as culturas com um sistema onde o manejo utiliza vários produtos, que começa desde o tratamento da semente, passando pela prevenção de doenças e garantia de produtividade. “O Sistema AgCelence® Soja Produtividade Top é um modelo de manejo completo, pois, além do controle fitossanitário, possibilita uma melhor transformação da água, luz e nutrientes em energia e grãos. O programa utiliza os produtos fungicida/inseticida Standak® Top, o fungicida Comet® e o consagrado fungicidaOpera®, que já tratou mais de 133 milhões de hectares no Brasil desde o seu lançamento há cerca de 10 anos”, explica ela.

O tratamento é completo com o uso do AgroDetecta, que atua por meio do monitoramento agrometeorológico, que é realizado por uma rede de estações meteorológicas associadas ao processamento das informações inseridas através de modelos matemáticos de previsão de ocorrência de doenças. Desta forma, o sistema consegue indicar previamente o momento mais adequado para efetuar o controle. Além do Digilab, que auxilia na identificação dos sintomas das principais doenças, pragas e plantas daninhas em diferentes culturas, com o auxílio de um microscópio digital para capturar a imagem e de uma biblioteca virtual de saúde vegetal para consultar e comparar as imagens capturadas.


Perspectivas
Para Nara, as perspectivas até o momento são de uma boa safra, dependendo das condições climáticas, que vinham favoráveis. Com relação as doenças ela avalia que tem observado o manejo preventivo ou tratamento ainda na fase inicial. “As lavouras estão protegidas, não tem doenças visíveis e isso se dá pelo manejo antecipado. É preciso proteger a lavoura do plantio a colheita”, frisa. De acordo com ela, é preciso a tomar decisão correta em relação as ferramentas utilizadas na lavoura, visando melhora no condicionamento das plantas sem desperdícios e com ganhos que resultam em rentabilidade. 

FONTE: www.diariodamanha.com

Pelotas promove Abertura da Colheita da Uva

Pelotas promove Abertura da Colheita da Uva

A Emater/RS-Ascar, juntamente com a Prefeitura de Pelotas, Embrapa, Universidade Federal de Pelotas e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, promoveu, na quinta-fera (31/01), na Colônia São Manoel, 8º Distrito de Pelotas, a Abertura da Colheita da Uva da região. Entre as autoridades, estiveram presentes a vice-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Nilson Loeck, o gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar, César Demenech, o chefe adjunto de transferência de tecnologia da Embrapa, José Carlos Costa Gomes, além de representantes de instituições de ensino, lideranças locais, técnicos e agricultores familiares. 

O evento foi realizado na propriedade da família Bohrer, onde o agricultor Osvaldo Bohrer, a esposa Celi e os filhos Rafael, Leandro e Rosângela cultivam 40 hectares em regime familiar, com o plantio de pêssego, tomate, pimentão e uva, culturas que ocupam seis hectares da propriedade preservada pela mata nativa. Na cultura da uva, a família plantou mil pés das variedades Niágara Branca e Rosada. A expectativa é obter, na primeira safra, uma produtividade de 12 toneladas por hectare. Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, a cultura tem potencial para chegar a uma produtividade de 25 toneladas. 

Os Bohrer fazem planos para instalar uma câmara fria na propriedade, com a finalidade de melhorar as condições de armazenamento. O objetivo é ter um período maior para comercializar os produtos. “Para o agricultor ter sucesso no empreendimento, ele precisa acreditar no que faz, ter disposição para fazer e empregar a tecnologia disponível”, destacou o extensionista da Emater/RS-Ascar Luis Carlos Migliorini.

O pesquisador da Embrapa Jair Nachtigal destacou a boa safra como resultado do uso de mudas de qualidade, associado a práticas de irrigação, manejo do solo e controle fitossanitário. Já o professor da UFPel César Rombaldi defendeu a necessidade de o produtor ter um estudo de possibilidades de comercialização do seu produto.

FONTE: www.agrolink.com.br

Colheita de uva é aberta oficialmente na Região Centro Serra

Colheita de uva é aberta oficialmente na Região Centro Serra

Com uma expectativa de colheita de aproximadamente 40 toneladas, foi aberta oficialmente na última sexta-feira (1º/02), às 17h, no município de Passa Sete, a quinta edição da colheita da uva da região Centro Serra. A estimativa considera a ocorrência de quebra na produção em torno de 30 a 40%. 

“A redução é causada pelas adversidades climáticas como geada tardia, excesso de chuva e vento frio, nos meses de outubro e novembro, durante as fases de floração e formação do grão, além de queda de granizo e vendaval”, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar de Passa Sete, técnico agrícola Emocir Joel dos Santos.

A abertura da colheita foi realizada na localidade de Campo de Sobradinho São Pedro, nos vinhedos de João Calheiro, com recepção ao público e visitação ao parreiral, numa promoção da Emater/RS-Ascar, prefeitura, Associação de Vitivinicultores do Centro Serra (Avitis) e Cooperativa Vinícola Serrana.

Após, às 19h30min, no Ginásio de Esportes São Pedro, houve pronunciamentos das autoridades e palestra sobre diversificação de culturas na propriedade rural. 

Em Passa Sete, 13 agricultores familiares cultivam aproximadamente 6,5 hectares de parreirais das variedades bordô, francesa, isabel, niágara branca e rosa e goethe (casca dura).

Centro Serra

Na região Centro Serra, a Emater/RS-Ascar atua na organização dos produtores e na assistência técnica através de reuniões, visitas e demonstração de métodos nas propriedades. “A fruticultura vem sendo incentivada no município como forma de diversificação nas propriedades e alternativa de renda”, conta Emocir. As principais culturas com potencial de mercado são a videira, a laranja, o kiwi e a ameixa. “São culturas permanentes que deixam um bom valor econômico em relação à área que é ocupada”, diz o técnico.

Pinhal Grande
Aproveitando o clima seco, cerca de 100 produtores de Pinhal Grande, na Quarta Colônia de Imigração Italiana, estão em ritmo acelerado de colheita da uva nos cerca de 40 hectares cultivados no município. 

“Os cuidados vão desde a hora mais adequada do dia para fazer a colheita e o tipo de recipiente em que as uvas colhidas serão colocadas, até o grau de maturação correto e o controle sensorial que deve ser feito para saber se os frutos estão no ponto certo. Sem isso, toda a dedicação dos meses de cultivo pode ser comprometida e, por causa de detalhes, o produtor pode ter prejuízos no final das contas”, afirma o extensionista da Emater/RS-Ascar de Pinhal Grande, técnico em agropecuária Rodinei Carvalho dos Santos.

No município, porém, haverá uma redução na produção de aproximadamente 5%. “Houve acúmulo de práticas conservacionistas do solo que fizeram com que, na época de estiagem, as plantas não sentissem muito o estresse hídrico e, consequentemente, a produção deste ano não fosse afetada”, explica Rodinei. 

Para o produtor Felipe Giuliani, o tempo está colaborando nessa fase final da videira. “Estamos conseguindo colher a uva bem madura e, o mais importante, os frutos estão apresentando um bom teor de açúcar, o que é um ponto essencial para a fabricação de um bom vinho”, diz ele. Com 50% de uvas já colhidas, o parreiral da família ocupa uma área de 4 hectares em Pinhal Grande, com as variedades niágara, francesa, bordô e goethe (casca dura).

FONTE: www.agrolink.com.br

Chuvas fortes e generalizadas voltam a atingir o RS a partir de 10/02

Chuvas fortes e generalizadas voltam a atingir o RS a partir de 10/02

O tempo seco já começa a preocupar os produtores de soja do Rio Grande do Sul, pois a planta está agora no período de enchimento de grãos, fase decisiva do desenvolvimento da lavoura. As chuvas que atingiram o Estado em janeiro ficaram concentradas apenas na primeira semana do mês. Em Palmeira das Missões-RS o mês passado terminou com chuvas dentro da média, de 150mm, porém elas aconteceram nos primeiros sete dias do ano. Na cidade, desse acumulado, 110mm foram observados em apenas dois dias. Como o solo gaúcho não retém muita água, os últimos 20 dias sem chuvas (reportagem de 01/02) começam a trazer preocupações.

O mês mudou, mas as condições meteorológicas ainda não. De acordo com a previsão da Somar Meteorologia, o padrão de chuvas fica diferente a partir do dia 10 de fevereiro, quando as frentes frias passam a ficar mais organizadas na metade sul do país, o que contribui para chuvas mais frequentes no Rio Grande do Sul. Em Ijuí-RS os volumes de chuva começam a ficar acima dos 10mm e as precipitações passam a ser mais frequentes a partir do domingo de Carnaval. 

Além de contribuir para a produção de soja gaúcha, a mudança no padrão das chuvas deve ajudar também na continuação da colheita no Centro-Oeste. O Estado do Mato Grosso enfrenta alguns problemas nas lavouras por causa do excesso de água, em Nova Mutum-MT o mês de janeiro terminou com chuvas cerca de 25% acima da média, pois o acumulado foi de 415mm, sendo que o normal para o período seria chover 330mm. O problema não foi apenas a quantidade de chuva, mas ela caiu constantemente, dos 31 dias do mês passado, choveu 24 na cidade.

As simulações mostram uma boa redução nas chuvas do Centro-Oeste depois do dia 5 de fevereiro. “Os acumulados, que nessa semana ainda passam dos 100mm em boa parte dessa região, nos próximos dez dias devem ser de cerca de 70mm entre Mato Grosso, Goiás e norte do Mato Grosso do Sul”, explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury. As chuvas voltam a acontecer em forma de pancadas, ou seja, o sol aparece por mais tempo, o que melhora as condições de colheita e mantém a umidade do solo para o plantio do milho.

FONTE: www.agrolink.com.br

Foco de praga biológica do eucalipto é detectado em São Borja 


Foco de praga biológica do eucalipto é detectado em São Borja (RS)
 
Grupo formado por extensionistas da Emater/RS-Ascar, professores e acadêmicos do Laboratório de Entomologia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), detectou em uma propriedade do assentamento São Marcos, em São Borja, na Fronteira-Oeste, foco de infestação causado pela vespa Leptocybe invasa, popularmente conhecida como Vespa-da-galha do Eucalipto. A praga florestal, que já foi encontrada em oito estados brasileiros, na Argentina e no Uruguai, ainda não havia sido detectada no Rio Grande do Sul. A constatação e o registro fotográfico da ação danosa da vespa sobre o eucalipto foi feita no dia 24 de janeiro, em visita à propriedade rural.

O inseto, originário da Austrália, ataca mudas e, preferencialmente, plantas jovens, prejudicando as brotações e chegando a causar desfolhamento e morte da planta. “A planta começa a emitir excesso de ramificações, ou seja, fica deformada e passa a crescer menos”, explica o assistente técnico de manejo dos recursos naturais do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, engenheiro florestal Gilmar Deponti.

A suspeita sobre o ataque da praga começou com o envio de fotos e amostras coletadas no assentamento pelo extensionista do escritório municipal da Emater/RS-Ascar de São Borja, técnico em agropecuária Clóvis Roberto Schwengber. O material foi enviado imediatamente ao Departamento de Defesa Fitossanitária da UFSM, para identificação do inseto.

Para confirmar a espécie, o grupo interinstitucional esteve na propriedade do agricultor Emiliano Lopes. “No bosque encontramos vespas em diferentes estágios de desenvolvimento, verificando que 90% das plantas haviam sido atacadas”, diz Deponti. A vespa tem um ciclo de vida de 130 dias e, durante os cinco dias em que ela está em estágio adulto, poderá fazer novas posturas.

Deponti diz que existem três formas de contenção da praga. “O controle biológico, através da inserção de inimigos naturais da vespa, método que está de acordo com a certificação da produção florestal; a utilização de produtos químicos através de inseticidas sistêmicos, que não podem ser usados por não estarem registrados para a cultura eucalipto; ou a erradicação total das plantas da área que, por tratar-se de apenas dois hectares, se apresenta como a mais viável”, explica o técnico.

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Começa a colheita de arroz em cinco municípios gaúchos





Começa a colheita de arroz em cinco municípios gaúchos
São Borja foi o primeiro municipio a começar a colher o grão


As primeiras lavouras de arroz já começam a ser colhidas pelos produtores gaúchos. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), os municípios de Encruzilhada do Sul, Eldorado do Sul, São Borja, Santo Antônio da Patrulha e Taquari já começaram a colheita do grão. O município de São Borja, na Fronteira Oeste do Estado, foi o primeiro a iniciar a colheita do cereal, a cidade plantou 51.057 hectares do grão na Safra 2012/2013.

De acordo com o coordenador da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, Eraldo Jobim, as lavouras estão se desenvolvendo dentro do esperado para a época, o clima tem sido favorável apesar do frio ocorrido em meados de janeiro. “Se as condições climáticas continuarem favoráveis, a expectativa é que nesta safra a produtividade fique entre 7,2 e 7,4 toneladas por hectare”, explica.

Jobim destaca que neste período a lavoura está 100% na fase reprodutiva, e 10% deste montante já se encontra em fase de maturação que é a etapa propicia para a colheita. A previsão é que a colheita de arroz siga até meados de abril. O Rio Grande do Sul semeou nesta safra 1.076.675 hectares e intenção é que os produtores gaúchos colham 7,85 milhões de toneladas do grão.

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Barreiras culturais impedem avanço maior da irrigação no Estado, diz Mainardi


Barreiras culturais impedem avanço maior da irrigação no Estado, diz Mainardi

O Estado do Rio Grande do Sul tem um grande potencial para aumentar a renda agrícola, e um dos instrumentos disponíveis são os sistemas de irrigação. A opinião, do secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, foi externada na tarde desta sexta-feira (1º), no auditório da Faculdade Anhanguera, em Passo Fundo, na abertura do Seminário de Irrigação, realizado para ampliar a divulgação do programa Mais Água, Mais Renda, do Governo do Estado. 

O que detém o avanço da área irrigada nas culturas de sequeiro do Estado, conforme o secretário, são barreiras culturais que impedem o agricultor de ver os benefícios que podem ser gerados a partir de investimentos nesta área. Na safra passada, dos 5,6 milhões de hectares de cultivos soja, milho, feijão e fumo, apenas 100 mil hectares foram irrigados, o que corresponde a apenas 2% da área total. 

O secretário citou que em várias partes do mundo, agricultores produzem até no deserto. Lembrou que, no Estado, as médias históricas indicam um volume razoável de chuvas durante o ano, mas que ocorrem de forma mal distribuída, o que torna essencial o armazenamento para o uso na hora em que as plantas precisam. "Temos tecnologia para isso. O Governo do Estado lançou o Programa Mais Água, Mais Renda, que subsidia em 30% os investimentos para pequenos e médios produtores e em 12% aos grandes e, além disso, facilitou os licenciamentos ambientais. Portanto, precisamos continuar difundindo a irrigação para que possamos vencer estas barreiras", defendeu o secretário diante de uma plateia de cerca de 130 produtores e técnicos da região. 

Informou, também, que a CEEE está fazendo um investimento de cerca de R$ 2 bilhões para resolver problemas ainda existentes na distribuição de energia para algumas comunidades interioranas, o que irá superar alguns gargalos que dificultam a implantação de sistemas de irrigação em regiões de sua área de abrangência. E que o Irga desenvolveu tecnologia que permite, com o uso da máquina microcamalhoneira, o plantio de outras culturas em áreas antes exclusivas do arroz. 

Assistência técnica
O presidente da Emater/RS-Ascar, Lino de David, falou sobre o papel que a entidade, a partir de convênio com a Secretaria da Agricultura, vem exercendo para potencializar a irrigação no Estado. "Trabalhamos com equipes especializadas, temos conhecimento técnico acumulado, que estamos usando para fazer projetos de irrigação para os agricultores possam se habilitar no Programa Mais Água, Mais Renda", explicou. 

David disse também que o produtor ainda não encontrou o caminho da irrigação, mas que quando isso acontecer, aliado aos demais investimentos que vem sendo feitos, ele terá garantia da lavoura e, com irrigação, retorno garantido. "O Estado se estrutura e faz um investimento num programa estratégico. Temos condições, políticas, jurídicas, financeiras e técnicas para implantar a irrigação no Rio Grande do Sul e, com isso, acima de tudo", garantir a renda do produtor. 

Contrato 
Na ocasião, foi assinado contrato para inclusão do produtor Nadir Kriger, do município de Paulo Bento, no Programa Mais Água, Mais Renda, visando à aquisição de pivôs para irrigar lavouras de milho e soja. 

Palestras 
Concluindo a programação, o gerente adjunto da Emater de Passo Fundo, Jorge Buffon, proferiu palestra sobre a área irrigada naquela região, e o coordenador técnico do programa Mais Água, Mais Renda, André Stolaruck, comentou sobre os aspectos operacionais do programa e esclareceu dúvidas dos participantes.

Participantes
A mesa principal do seminário teve, além do secretário Mainardi e do presidente da Emater/RS-Ascar, Lino de Davi, o coordenador regional da Secretaria da Agricultura, Áureo Mesquita, e o gerente regional da Emater, Milton Rosseto. Também estavam no evento, a secretária de Interior de Passo Fundo, Liliane Rebeck, que representou o prefeito, o secretário da Agricultura de Lagoa Vermelha, Cesar Farias, a coordenadora regional de Educação, Marlene Silvestrin, o superintende do Banco do Brasil, Tarcisio Ibner, o superintendente Regional do Banrisul, Ângelo da Luz, o diretor do Irga, Elói Thomas, além de produtores, agrônomos e técnicos agrícolas.

FONTE: www.agrolink.com.br

Fruticultura é alternativa dentro da Chamada Pública do Tabaco

Fruticultura é alternativa dentro da Chamada Pública do Tabaco

Desde o mês de agosto de 2012, a Emater/RS-Ascar tem realizado dezenas de reuniões técnicas, cursos e saídas de campo com o objetivo de contemplar a Chamada Pública do Tabaco, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que visa trabalhar alternativas para a diversificação da platação de fumo.

Desenvolvida nos municípios de Passo do Sobrado, Boqueirão do Leão, Progresso, Rio Pardo, Cerro Branco, Novo Cabrais e Paraíso do Sul, a atividade beneficiará 640 famílias de agricultores, que poderão encontrar maneiras de diversificar a sua produção, estando alinhadas com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). 

Como forma de atender a este objetivo, foi realizado, na última sexta-feira (1º), curso sobre fruticultura na propriedade do produtor Avelino Vetorazzi, na localidade de Lajeado do Meio, em Progresso. Na ocasião, foram abordados diversos cultivos, com destaque para a viticultura.

Para o assistente técnico regional em Fruticultura da Emater/RS-Ascar, Derli Paulo Bonine, esta foi a oportunidade para apresentar aos participantes algumas tecnologias de produção, com destaque para a elaboração de caldas e para a proteção das videiras. "Também se tratou do aproveitamento da uva, tanto no comércio in natura como por meio da elaboração de vinhos", salientou. 

Cursos sobre apicultura, avicultura colonial, bovinocultura de corte e de leite, olericultura, piscicultura, silvicultura, entre outros, também foram abordados, em datas e localidades distintas, durante a execução da chamada pública, que deve se encerrar no próximo mês de abril.

Para o gerente adjunto do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, Luiz H. Bernardi, o processo permite uma intensificação do trabalho de assistência técnica, junto às propriedades rurais. "O diagnóstico individual possibilita um conhecimento profundo da situação de cada produtor", avalia. 

Bernardi enfatiza que os cursos e reuniões técnicas - escolhidos em reuniões prévias pelos próprios produtores - representam a diversificação não apenas para a propriedade, mas para a comunidade como um todo, o que gera boa repercussão. "De qualquer maneira, é importante salientar que a reconversão da atividade baseada no cultivo do tabaco, para a atividade escolhida, é um processo gradual e não imediato", lembra. "É fundamental que o agricultor continue com a principal fonte de renda, que é o tabaco, enquanto busca a estruturação da atividade alternativa", diz. "Isto, até um ponto em que o agricultor não mais necessite da renda do tabaco para a manutenção da família", ressalta. 

Sobre a CQCT 

O principal objetivo da CQCT é preservar as gerações, presentes e futuras, das devastadoras consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas do consumo e da exposição à fumaça do tabaco. Ela estabelece como algumas de suas obrigações a elaboração e a atualização de políticas de controle de tabaco, o estabelecimento de um mecanismo de coordenação nacional e de cooperação com outros Estados e a proteção das políticas nacionais. 

Entre as principais medidas estabelecidas pela CQCT estão: reduzir a demanda por tabaco, reduzir a oferta de produtos de tabaco, proteger o meio ambiente, incluir as questões de responsabilidade civil e penal nas políticas de controle de tabaco e promover a cooperação técnica e científica e o intercâmbio de informação, com a elaboração de pesquisas nacionais relacionadas ao tabaco e seu impacto sobre a saúde pública.

FONTE: www.agrolink.com.br

Abramilho e Apromilho-RS realizam “Abertura da Colheita do Milho”, em Ijuí



Abramilho e Apromilho-RS realizam “Abertura da Colheita do Milho”, em Ijuí

As associações reunirão as principais lideranças do setor para colher as primeiras espigas da safra 2012/13 e reforçar a importância da cultura para o Estado

A Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) e a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) em parceria com a Prefeitura de Ijuí e o Governo do Rio Grande do Sul promoverão, no próximo dia 6, quarta-feira, em Ijuí, RS, a Abertura da Colheita do Milho 2012/2013. Pela segunda vez as entidades organizam o evento para marcar o início da colheita do milho e reforçar a importância da cultura para o Estado. 

A expectativa é que sejam colhidos 5 milhões de toneladas do cereal até o fim de fevereiro. O Rio Grande do Sul ocupou 950 mil hectares com milho na atual safra de verão.

“Este ano, além de divulgar a cultura do milho e a sua importância para o Rio Grande do Sul, vamos comemorar os bons resultados da safra que estamos começando a colher”, explica o presidente da Apromilho-RS, Cláudio Luiz de Jesus. 

A Abertura da Colheita do Milho 2012/2013 contará com a presença de autoridades municipais de Ijuí e estaduais, entre elas, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. Mais uma vez o município de Ijuí foi escolhido por registrar uma das mais altas produtividades de milho no Estado. 

“Com a Abertura da Colheita também incentivaremos as discussões sobre os gargalos na produção do milho, como a estabilidade de preço na hora da colheita e o aumento da área irrigada no Rio Grande do Sul, e colocar em pauta o seguro de proteção da cultura, que cobre o investimento e deixa uma receita ao produtor”, completa Cláudio. 

Programação

Evento: Abertura da Colheita do Milho 2012/2013
Local: Rincão da Ponte, Município de Ijuí 
Data: 6 de fevereiro de 2013
Horário: 10 horas

FONTE: www.agrolink.com.br

Ferrugem asiática requer atenção de produtores gaúchos



Ferrugem asiática requer atenção de produtores gaúchos

O Rio Grande do Sul é o Estado com maior incidência de ferrugem asiática na safra 2012/2013 de soja. Conforme dados do Consórcio Antiferrugem - uma parceria público-privada formada para monitorar e combater a doença, coordenada pela Embrapa Soja, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade de Passo Fundo (UPF) -, foram constatados, até esta terça-feira (05/02), 77 casos de ferrugem asiática nas principais regiões produtoras de soja do Estado. O Paraná é o segundo Estado brasileiro com maior incidência da doença, com 71 casos. “Mas estes números são muito maiores, uma vez que poucas amostras são encaminhadas para análise em laboratórios credenciados”, frisa o assistente técnico estadual em Soja da Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri.


A ferrugem asiática é uma doença fúngica que se espalha rapidamente em função da eficiente disseminação dos esporos do fungo pelo vento. As condições que favorecem o seu desenvolvimento são temperaturas próximas a 24ºC e 6h de molhamento das áreas cultivadas. A desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade, é o principal sintoma apresentado pelas lavouras. 

Conforme Rugeri, para evitar prejuízos à produção, os produtores devem monitorar constantemente as áreas semeadas e atentar-se para a ocorrência da doença em outras regiões produtoras e demais Estados brasileiros. “Uma das táticas adotadas para verificar a presença do fungo numa determinada região é a instalação de ‘lavouras sentinelas’. Trata-se de áreas semeadas cerca de 20 dias antes da época normal e que não recebem o tratamento de fungicidas, onde o monitoramento é feito”, explica Rugeri. O produtor deve realizar o tratamento químico com produtos adequados somente se forem constatados casos em áreas próximas. “Isso evita aplicações desnecessárias”, destaca Rugeri.

“A ferrugem surge, inicialmente, no terço inferior da planta, portanto, o produtor deve coletar folhas nessa região e fazer a verificação. Quando a lavoura está ‘fechada’, criam-se condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo. Entretanto, a doença pode atacar a planta em qualquer fase da cultura, sendo maior o risco a partir da fase do florescimento”, ressalta Rugeri.

Pontos minúsculos na folha, com saliências na face de baixo da mesma (abaxial), sem halo amarelo ao redor das pontuações, são os principais sintomas da ferrugem asiática. “Se o produtor constatar essas características, deve encaminhar uma amostra para os mais de dez laboratórios credenciados no Estado, que analisam gratuitamente o material. Além disso, deve intensificar o controle com a aplicação dos fungicidas adequados”, explica o assistente técnico estadual em Soja da Emater/RS-Ascar. “Dependendo do grau de infestação, as perdas podem chegar a 80%”, alerta Rugeri.

Para maiores informações sobre a ferrugem asiática e o Consórcio Antiferrugem, acesse http://www.consorcioantiferrugem.net.

FONTE: www.agrolink.com.br