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sábado, 26 de janeiro de 2013


Reunião avalia projeto de armazenagem de grãos na propriedade, para redução de perdas e custos
O projeto de armazenamento sustentável de grãos na propriedade rural, elaborado pelos técnicos o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e a Emater, foi discutido na manhã da última sexta-feira (25/01) em reunião realizada na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. Participaram o secretário adjunto, Claudio Fioreze, o coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas, Milton Bernardes, e os assessores técnicos do Irga Carlos Alberto Fagundes e João Felix Gimino.
O projeto visa incentivar a melhoria da infraestrutura de armazenamento e secagem dos principais grãos agrícolas produzidos no Rio Grande do Sul, especialmente milho, arroz e feijão, no próprio estabelecimento rural, visando à redução das perdas e dos custos, a preservação da qualidade e o aumento na renda do produtor.
A ação faz parte do Plano Safra Estadual 2012/2013, lançado pelo governador Tarso Genro em julho do ano passado. Desde lá, as equipes técnicas do Irga e Emater trabalham numa proposta preliminar que contempla basicamente três ações: a apresentação e divulgação aos municípios e produtores interessados no programa de armazenamento na propriedade; a capacitação de agentes fomentadores (técnicos, financeiros e políticos); e a elaboração de projeto técnico, com acompanhamento e orientação para acesso às linhas de financiamento e mecanismos de comercialização oficiais.
De acordo com Fioreze, o projeto vem ao encontro dos encaminhamentos das câmaras setoriais do milho e do arroz e da câmara temática da Infraestrutura Rural, que identificaram a falta de armazenagem adequada como um dos gargalos das pequenas e médias propriedades, o que afeta a cadeia produtiva do milho e as demais que dependem do grão, como a de suínos, aves e leite.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Brasil só 15% da produção dos grãos agrícolas é armazenada na propriedade rural. Já em países desenvolvidos, isso ocorre com, no mínimo, 35% da produção. No Brasil também ocorrem perdas quantitativas e qualitativas na ordem de 20% a 30% da produção, tanta nas etapas de pós-colheita como nas de transporte, secagem e armazenamento.
Estudos preliminares projetam economia para esses setores: no caso do milho, por exemplo, que tem perda acumulada entre secagem, armazenagem, transporte e impurezas de aproximadamente 26%, enquanto que, se fosse realizado dentro do estabelecimento rural ou próximo, pode-se reduzir para 4%. Já no caso do arroz, segundo o Irga, os custos com secagem e armazenagem podem chegar a 33% da produção total, sendo que no Estado existem cerca de 3,5 mil orizicultores que não possuem estruturas de armazenagem próprias, especialmente na região da Depressão Central.
Segundo o coordenador do projeto, Carlos Alberto Fagundes, uma estrutura de secagem e armazenagem de 5 mil sacos de arroz tem um custo aproximado de R$ 130 mil. Se, nesse caso, o produtor optar por esse investimento em silo-secador e financiar pelo Programa Nacional de Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Pronaf), ele teria uma prestação média de R$ 16 mil reais, a qual seria integralmente paga com a diminuição dos custos de secagem e armazenagem fora da propriedade (estimado em R$ 18 mil ao ano, para este volume de produção).

No encontro, também foi definido que para a consolidação e ampliação dos benefícios da proposta será realizada uma reunião de trabalho na Secretaria da Agricultura, no dia 25 de fevereiro, às 14h, com representantes das câmaras setoriais e temáticas, Emater, Irga e Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento.
FONTE: www.regiaoceleiro.com.br