sábado, 26 de janeiro de 2013


Novo Código Florestal preocupa produtores da região de Ijuí 

Uma  série  de  discussões  giram  em  torno das exigências do novo Código Florestal, envolvendo produtores rurais, ambientalistas e órgãos públicos. 

Enquanto os Estados se preparam para colocar em prática o Cadastro Ambiental Rural (CAR), parte da legislação será questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República  (PGR) ingressou nesta segunda-feira com ações que questionam trechos do texto aprovado no ano passado após longos debates. "É compreensível que muita gente incorfomada com o Código acabe tendo que colocar esse texto em discussão", afirma o integrante da diretoria do Sindicato Patronal Rural de Ijuí, Valdir Zardin.
Para ele, uma das grandes preocupações dos produtores da região está em trechos do novo Código Florestal que minimizam a ação dos pequenos produtores delimitando o uso de áreas acidentadas para o cultivo: "Nós temos uma preocupação porque grande parte do alimento que vai à mesa do brasileiro é produzido a partir da média e pequena propriedade. E, muitos trechos do código ambiental não contemplam mais certas glebas da propriedade, por exemplo, na área da vinicultura, da parreira da uva, nós temos problemas de áreas acidentadas que, segundo o Código, deveriam ser eliminados por conta do declive do terreno, outro exemplo, áreas no RS  acidentadas e bastante próprias para o cultivo do feijão, e também, as lavouras de arroz, produzidas em várzeas. Se for seguido à risca o novo Código, nós vamos ter uma série de eliminações de áreas produtivas", explica Zardin.
Segundo ele, o grande problema está na eliminação destas áreas de produção, que, consequentemente, irão reduzir a oferta de alimentos forçando um aumento no preço baseado na lei da oferta e da procura, gerando um inconformismo no País, que terá menos renda para investir nas demais áreas de consumo, como vestuário e lazer: "O brasileiro gasta em média 13% do orçamento familiar em alimentos, mas já existem locais em que esse percentual sobe para 15%. Se aumentar o consumo do orçamento para a alimentação, sobrará menos para investir em outros itens", informa Zardin, que também aponta a falta de conhecimento de causa dos responsáveis pela aprovação desse Código: "Houve uma série de modificações que muitas vezes passam por pessoal de gabinete que não conhecem a realidade do campo e da diversidade do País", destaca.
Fonte: www.jmijui.com.br

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